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Ministro pede demissão após vazar documento interno

O ministro Thomas Traumann pediu demissão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência uma semana após vazar documento interno


	O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 17h07.

São Paulo - A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou nesta quarta-feira, 25, que o ministro-chefe da Secom Thomas Traumann pediu demissão do cargo, acatada pela presidente Dilma Rousseff nesta tarde.

Ele deixa o cargo uma semana após o portal Estadão.com divulgar um documento interno do Planalto no qual critica várias posturas do governo federal na área da Comunicação, considerada "errática" no documento e avalia que o Planalto vive um momento de "caos político".

Após o episódio, o ministro saiu de férias por seis dias e retornou ao trabalho nessa terça-feira, 24.

Elaborado pela Secom, o documento, que não tem assinatura, circulou na terça-feira, 17, entre ministros, dirigentes do PT e assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto cita, em tom de alerta, pesquisa telefônica recente feita pelo Ibope a pedido do Planalto na qual 32% dos entrevistados disseram ter mudado de opinião negativamente sobre o governo nos últimos seis meses - ou seja, da campanha de outubro até agora. Conclui que o País passa por um "caos político" e admite: "Não será fácil virar o jogo".

O documento é dividido em três partes: "Onde estamos", "Como chegamos até aqui" e "Como virar o jogo". Na primeira o governo faz um diagnóstico do momento e admite erros de ação principalmente nas redes sociais.

"A comunicação é o mordomo das crises. Em qualquer caos político, há sempre um que aponte 'a culpa é da comunicação'. Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a crise é maior do que isso."

Apesar do mea-culpa, o governo tenta dividir o ônus da crise. "Ironicamente, hoje são os eleitores de Dilma e Lula que estão acomodados com o celular na mão enquanto a oposição bate panela. Dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas."

*Texto atualizado às 17h07

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