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Testemunhas do acidente da TAM em SP começam a ser ouvidas

Seis anos após acidente com o Airbus da TAM em Congonhas, testemunhas de acusação começam a ser ouvidas

Demolição de uma parte do depósito da TAM: oito testemunhas chamadas pelo Ministério Público Federal serão ouvidas (Valter Campanato/ABr)

Demolição de uma parte do depósito da TAM: oito testemunhas chamadas pelo Ministério Público Federal serão ouvidas (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 12h11.

São Paulo – Seis anos após o acidente com o Airbus da TAM, no Aeroporto de Congonhas, a Justiça Federal em São Paulo começa a ouvir testemunhas de acusação. A partir das 14h desta quarta-feira (7), oito testemunhas chamadas pelo Ministério Público Federal (MPF) serão ouvidas pelos juiz federal Márcio Assad Guardia, da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo. A imprensa não poderá acompanhar os depoimentos.

As testemunhas de defesa serão ouvidas nos dias 11 de novembro (por videoconferência com a subseção Judiciária do Rio de Janeiro), 12 de novembro (com a subseção Judiciária de Brasília e de Curitiba) e nos dias 3, 9 e 10 de dezembro, em São Paulo.

Serão julgados a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu; o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman e o diretor de Segurança de Voo da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles foram denunciados pelo procurador da República Rodrigo de Grandis e respondem pelo crime de “atentado contra a segurança de transporte aéreo”, na modalidade culposa.

O procurador diz, no processo, que o diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento “das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do Aeroporto de Congonhas” e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também são acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação do reverso da aeronave.

Denise Abreu é acusada de agir com imprudência ao liberar a pista do aeroporto, a partir do dia 29 de junho de 2007, “sem a realização do serviço de grooving [ranhuras na pista que facilitam a frenagem das aeronaves] e sem fazer formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica”.

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