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Teria que haver suspeita para afastar Graça, avalia Braga

Ministro não vê motivo do afastamento do cargo, apesar das denúncias de corrupção que teriam ocorrido no período em que Graça era diretora de Gás e Energia

Eduardo Braga: o ministro foi enfático na defesa de Graça Foster (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 14h25.

Rio - O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ter "a melhor percepção da competência e conduta ética" da presidente da Petrobras , Graça Foster .

Por isso, não vê motivo do seu afastamento do cargo, apesar das denúncias de corrupção que teriam ocorrido no período em que Graça era diretora de Gás e Energia da estatal.

Em coletiva de imprensa após visita à Eletrobras, no Rio de Janeiro, o ministro foi enfático na defesa de Graça.

Os ataques feitos pelo ex-diretor Nestor Cerveró, preso nesta semana pela Polícia Federal, de que Graça teria participado de reunião com Fernando Soares, suposto operador do PMDB dentro da Petrobras, não abalaram a convicção do ministro.

"Para ter afastamento, tem que ter suspeita, indícios (de corrupção"). Em sua opinião, para a declaração de Cerveró justificar o afastamento de Graça, deve ser acompanhada de prova.

Braga disse que esteve com Graça recentemente e que, em nenhum momento, a presidente da Petrobras mencionou a possibilidade de pedir demissão.

No fim do ano passado, em encontro de fim de ano com a imprensa, ela disse ter entregue o seu cargo à Presidente da República, Dilma Rousseff, por três vezes desde que notícias de desvio de recursos da empresa vieram à tona.

Da mesma forma, o ministro negou que esteja em discussão a substituição de Graça por Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele se negou a comentar a hipótese que vem sendo divulgada na imprensa e, mais uma vez, disse que mudanças na diretoria da Petrobras não estão em análise.

"Não vamos fazer linchamento do que não existe. A curva de produção de petróleo no Brasil voltou a crescer, fruto do trabalho dessa direção da Petrobras", afirmou.

O ministro elogiou também o modelo de contratação do novo diretor de Governança Corporativa, Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Junior, que foi escolhido no mercado, após processo seletivo.

"A contratação do novo diretor estabelece um novo parâmetro de escolha de diretores (na Petrobras)", disse Braga.

Secretários

Braga também disse não ver "por que substituir os atuais secretários do ministério".

Ele ressaltou a experiência do secretário-executivo, Márcio Zimmermann, que já ocupou o cargo de ministro e também do secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Marco Antônio Martins Almeida.

"O Marco Antônio tem me impressionado muito pelo conhecimento em petróleo e gás. E o Zimmermann tem sido um grande colaborador. Não vejo por que substituí-los", afirmou.

Segundo o ministro, "o mais importante não são as pessoas, mas adesão aos projetos" que deverão ser implementadas.

O planejamento na gestão de Braga vai priorizar a geração solar.

"Quem comprar a ideia e se dedicar será sempre bem vindo", disse o ministro.

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Rio - O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ter "a melhor percepção da competência e conduta ética" da presidente da Petrobras , Graça Foster .

Por isso, não vê motivo do seu afastamento do cargo, apesar das denúncias de corrupção que teriam ocorrido no período em que Graça era diretora de Gás e Energia da estatal.

Em coletiva de imprensa após visita à Eletrobras, no Rio de Janeiro, o ministro foi enfático na defesa de Graça.

Os ataques feitos pelo ex-diretor Nestor Cerveró, preso nesta semana pela Polícia Federal, de que Graça teria participado de reunião com Fernando Soares, suposto operador do PMDB dentro da Petrobras, não abalaram a convicção do ministro.

"Para ter afastamento, tem que ter suspeita, indícios (de corrupção"). Em sua opinião, para a declaração de Cerveró justificar o afastamento de Graça, deve ser acompanhada de prova.

Braga disse que esteve com Graça recentemente e que, em nenhum momento, a presidente da Petrobras mencionou a possibilidade de pedir demissão.

No fim do ano passado, em encontro de fim de ano com a imprensa, ela disse ter entregue o seu cargo à Presidente da República, Dilma Rousseff, por três vezes desde que notícias de desvio de recursos da empresa vieram à tona.

Da mesma forma, o ministro negou que esteja em discussão a substituição de Graça por Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele se negou a comentar a hipótese que vem sendo divulgada na imprensa e, mais uma vez, disse que mudanças na diretoria da Petrobras não estão em análise.

"Não vamos fazer linchamento do que não existe. A curva de produção de petróleo no Brasil voltou a crescer, fruto do trabalho dessa direção da Petrobras", afirmou.

O ministro elogiou também o modelo de contratação do novo diretor de Governança Corporativa, Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Junior, que foi escolhido no mercado, após processo seletivo.

"A contratação do novo diretor estabelece um novo parâmetro de escolha de diretores (na Petrobras)", disse Braga.

Secretários

Braga também disse não ver "por que substituir os atuais secretários do ministério".

Ele ressaltou a experiência do secretário-executivo, Márcio Zimmermann, que já ocupou o cargo de ministro e também do secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Marco Antônio Martins Almeida.

"O Marco Antônio tem me impressionado muito pelo conhecimento em petróleo e gás. E o Zimmermann tem sido um grande colaborador. Não vejo por que substituí-los", afirmou.

Segundo o ministro, "o mais importante não são as pessoas, mas adesão aos projetos" que deverão ser implementadas.

O planejamento na gestão de Braga vai priorizar a geração solar.

"Quem comprar a ideia e se dedicar será sempre bem vindo", disse o ministro.

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