Membros da CUT em manifestação em Brasília: segundo a CUT, a categoria participou de uma audiência no Ministério Público do Trabalho, mas não houve avanços (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 11h19.
Brasília - Os cerca de 600 trabalhadores terceirizados do Ministério da Justiça (MJ) decidiram paralisar as atividades hoje (21). Contratados pela empresa Adminas, os profissionais, principalmente da área de serviços gerais, reclamam de atraso no pagamento dos salários desde o dia 6 de agosto. De acordo com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que coordena a paralisação, os empregados vão se reunir nesta manhã em uma tenda montada na Esplanada dos Ministérios, para decidir os rumos do movimento.
Segundo a CUT, a categoria participou de uma audiência ontem (20), no Ministério Público do Trabalho, mas não houve avanços na negociação.
O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Sindiserviços) informou que além dos salários, a empresa Adminas também é responsável pelo pagamento do vale-transporte e vale-refeição dos funcionários. "Eles receberam [responsáveis pela Adminas] os valores referentes à parcela do contrato de prestação de serviço e sumiram", disse Robson Silva, assessor de imprensa do sindicato que representa a categoria.
Em nota divulgada na semana passada, o Ministério da Justiça informou que "tomou todas as medidas judiciais e administrativas para o pagamento dos 565 funcionários da Adminas que trabalham como terceirizados no órgão". A pasta informou, também na nota, que "tem cumprido suas obrigações contratuais e que todos os pagamentos para a empresa, cujo montante mensal é de R$ 2,4 milhões, foram efetuados rigorosamente em dia". Segundo o ministério, o último pagamento à empresa foi feito no dia 31 de julho.
A reportagem da Agência Brasil tentou contato com a empresa Adminas, mas os telefones disponíveis no site não atendem.