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2011 vai começar com inflação em alta, diz consultoria

Depois de um avanço de 11,32% no IGP-M em 2010, economista da Tendências Consultoria diz que o índice continuará sendo pressionado em 2011

Alimentos pressionaram IGP-M em 2010, mas devem dar folga no começo do próximo ano (Antonio Milena/EXAME)

Alimentos pressionaram IGP-M em 2010, mas devem dar folga no começo do próximo ano (Antonio Milena/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 10h37.

São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) fecha 2010 no rumo oposto ao do ano anterior. A expectativa dos analistas era que, depois de apresentar deflação de 1,72% em 2009, o índice acumulado para este ano ficasse bem abaixo dos 11,32%. Diante deste cenário, para o economista Gian Barbosa, da consultoria Tendências, a perspectiva é que 2011 comece com pressão sobre os preços.

"Os índices gerais de preços apontam para uma situação menos favorável no próximo ano, principalmente por causa da pressão que virá dos preços administrados por contrato", diz Barbosa. O economista se refere, por exemplo, às tarifas do transporte público, que serão reajustadas em muitos municípios no começo do ano.

Por outro lado, preços de produtos agrícolas e de alimentos, que junto com os minérios foram os maiores responsáveis pelo aumento do índice em 2010, devem dar um alívio no começo do próximo ano. Alguns problemas climáticos que prejudicaram a produção de alimentos no Brasil e em outros países não estão mais presentes. Segundo Gian Barbosa, o preço dos alimentos pode inclusive cair nos primeiros meses do ano.

Em 2010

O economista da Tendências explica que, além do grupo dos alimentos, outros fatores contribuíram para a forte alta do IGP-M em 2010 - a maior desde 2004. Um deles foi o rápido aumento do preço dos minérios. No primeiro semestre, por exemplo, o minério de ferro, que tem peso importante no cálculo do indicador, sofreu reajuste de 100%.

As matérias primas brutas fecharam 2010 com 33,57% de aumento nos preços. Outra categoria que pesou na composição do índice foi a de produtos industriais, que no acumulado do ano registrou alta de 10,29%. 

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