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Temer vai aos EUA apresentar imagem verdadeira do Brasil

O vice-presidente Michel Temer viaja para NY para apresentar a posição do governo brasileiro sobre a economia e as oportunidades no país


	Michel Temer: "eu vou tentar vender a imagem verdadeira do Brasil, não a imagem construída"
 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Michel Temer: "eu vou tentar vender a imagem verdadeira do Brasil, não a imagem construída" (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 10h22.

Brasília - O vice-presidente Michel Temer viaja hoje (3) para Nova York para apresentar, a uma plateia com lideranças políticas, grandes empresários e acadêmicos, a posição do governo brasileiro sobre a economia e as oportunidades no país.

Temer acredita que no último mês, quando a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota da economia brasileira, houve a propagação de uma “falsa imagem de que o país pode ir para a bancarrota”.

“Eu vou tentar vender a imagem verdadeira do Brasil, não a imagem construída, e gerar uma despreocupação em relação ao futuro do país”, disse o vice-presidente em relação às palestras que dará em dois eventos no centro financeiro dos Estados Unidos.

Assim como se manifestaram nos últimos dias a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Temer ressalta que a inflação está dentro da meta, a dívida líquida do setor público vem caindo e o cenário para investimentos é positivo.

“Não podemos nos pautar apenas pelo que acontece em um mês do ano. Devemos nos pautar pelo que vem acontecendo e pelo que vai acontecer”, disse Temer em entrevista exclusiva à Agência Brasil, acrescentando que apresentará nos Estados Unidos informações sobre grandes empresas que estão abrindo unidades e investindo centenas de milhões de dólares no Brasil. “O empresário que investe quer ganhar, não vai investir para perder, e empresários desse porte, que investem quantias dessa natureza, é porque têm confiança no futuro do país, ou não investiriam”.

Temer destacou que as oportunidades de investimento no país são enormes e lembrou que bilhões de reais estão sendo investidos em infraestrutura. “Toda a infraestrutura que o governo está montando para o Brasil – portos, aeroportos, rodovias, ferrovias – será o grande passo do nosso país nos próximos cinco anos. Quem vier agora poderá até colaborar nessa infraestrutura”.


Em relação à segurança jurídica para os investimentos estrangeiros, Temer disse que algumas práticas de nacionalização de empresas verificadas em países vizinhos podem causar certa preocupação em relação à entrada de companhias internacionais no país, mas ressalta que o Brasil tem uma legislação consolidada na proteção da propriedade privada. Segundo ele, essa não é apenas uma decisão de governo, mas da Constituição.

“Então, esses preceitos todos da chamada democracia liberal estão incrustados na nossa Constituição e eu vou tentar demonstrar exatamente isso: pode ter confiança, o Brasil cumpre contrato, o Brasil auxilia: muitas vezes financiamos empresas estrangeiras a virem para cá. Essa é a imagem que quero vender nesses dois eventos e foi para isso até que fui convidado”, disse Temer.

Um dos eventos, promovido pelo Fórum das Américas no dia 7 de abril, tem como tema Brics no Mundo: uma visão estratégica e política. Na opinião do vice-presidente, que tem viajado por vários países chefiando delegações com ministros e empresários brasileiros, o bloco representa uma aliança natural entre grandes países que se reúnem para discutir problemas comuns. O grupo, formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul (da sigla Brics) representa mais de 20% do PIB e de 40% da população mundiais.

“Essa troca de ideias, esse fórum de auxílio recíproco, tem sido útil para os países contratantes. Eu fui à Rússia, à China, e em todos os locais as portas estão mais abertas também em função desse fórum, porque há uma fraternidade, uma irmanação”, disse o vice-presidente. Antes do evento sobre o Brics, Temer dará uma palestra, amanhã (4), no Council on Foreing Relations, entidade que tem o objetivo de aumentar a compreensão norte-americana sobre o mundo e publica o periódico Foreign Affairs.

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