PAULO SKAF: presidente da Fiesp diz que Temer não vai aumentar impostos caso assuma a presidência / Luanna Queiroz/Wikimedia Commons
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 06h29.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.
Sem novos impostos
O vice-presidente Michel Temer é contra aumentar impostos e descarta a recriação da CPMF caso assuma a presidência no lugar de Dilma Rousseff. A explicação é que, com a economia em recessão, o país não aguentaria. O impulso viria de reformas como a da Previdência. A informação foi dada neste domingo pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu. No fim de 2015, no documento “Uma ponte para o futuro”, que serve de base para a política econômica num eventual novo governo, o PMDB afirma que novos impostos estão descartados “salvo em situação de extrema emergência”.
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PSDB vs. PSDB
A ala paulista do PSDB pretende consultar seus 78.000 filiados sobre como deve se comportar num eventual governo Temer segundo o jornal Folha de S. Paulo. A decisão deve aumentar o racha no partido. De um lado, o senador Aécio Neves e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendem que o partido dê os votos, mas não assuma cargos. De outro, o senador José Serra defende que o partido assuma cargos e é cotado para pastas importantes, como a da Educação. Serra esteve com Temer neste domingo. O PSDB decide sobre a participação no dia 3 de maio.
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Apoio sem apoio
Além do PSDB, que reluta em assumir cargos num eventual governo Temer, o PSB, que tem 33 deputados e sete senadores, também estuda uma forma de apoiar sem precisar embarcar. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que Temer precisaria de liberdade para escolher os melhores nomes sem amarras partidárias. No fim das contas, a postura pode aumentar o peso de partidos menores e fisiológicos do chamado “centrão”.
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Haddad vs. Temer
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) disse que seu partido deve perder a hegemonia na esquerda brasileira. Haddad diz que Dilma perdeu a base quando mudou o discurso, pouco antes da eleição. E criticou o processo de impeachment e um eventual governo Temer, que segundo ele trará retrocessos trabalhistas e sociais.
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O custo de adiar
Atrasar a reforma da Previdência em mais dez anos pode custar até 23% do PIB brasileiro até 2060, segundo um estudo do Bank of America publicado pelo jornal Valor. A previsão é que o déficit chegue a 13% do PIB em 2060, ante 1,45% em 2015.
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Metrô mais caro
As obras da linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, devem custar ao menos 54% a mais do que o previsto, o que dá um acréscimo de 380 milhões de reais. A linha 4, que liga a estação da Luz à Vila Sônia, ficou nove meses paralisada após rescisão contratual com a antiga responsável pelas obras. O Metrô diz que o valor subiu por readequação dos trabalhos.
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Aliança anti-Trump
Ted Cruz e John Kasich, candidatos republicanos à Casa Branca, decidiram unir esforços para tentar segurar o favorito na disputa do partido, o empresário Donald Trump. A inusitada parceria prevê que cada candidato se concentrará nos estados em que tem mais chances de vencer as próximas primárias. Cruz vai se dedicar a Indiana; Cruz, ao Oregon e ao Novo México. O plano é evitar que Trump chegue aos 1.237 delegados necessários para assegurar a vitória antes da convenção do partido, em julho.