DISCURSO DE TEMER: presidente foi criticado nas redes sociais pelo discurso na comemoração do Dia da Mulher / Valter Campanato/Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2017 às 18h56.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.
Mulheres e Temer
Michel Temer foi às redes sociais se redimir após a polêmica causada pelo discurso no Dia Internacional da Mulher. Ontem, ao tentar exaltar a participação da mulher na sociedade, disse que elas são fundamentais na criação dos filhos e experts em economia por saber a flutuação de preços no supermercado. Disse o presidente no Twitter: “Estamos na Semana da Mulher. Meu governo fará de tudo para que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade. Que as mulheres tenham direitos iguais em casa e no trabalho. Não vamos tolerar preconceito e violência contra a mulher”. Em agenda positiva, o peemedebista foi a Blumenau para conferir à cidade o título de Capital Nacional da Cerveja, para onde prometeu voltar em outubro para a Oktoberfest. “Em face do convite feito pela rainha e pelas princesas [do evento], vou tomar pelo menos umas três canecas.”
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O duelo da Previdência
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou em evento do jornal O Estado de S. Paulo o argumento da equipe econômica para manter o texto da reforma da Previdência como está. “É uma decisão da sociedade brasileira, não é vontade de ninguém. Ou se equilibram as contas públicas ou haverá despesas de previdência que vão custar cada vez mais.” Em contraposição, o relator da matéria na comissão especial da Câmara, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), sinalizou que o colegiado não aprovará o conteúdo original, tecendo críticas mais ferrenhas às idades envolvidas nas regras de transição. “O que ele [Meirelles] acha que é ótimo não será aprovado. Vamos tentar construir um texto que seja bom para todos os trabalhadores.”
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Rodrigo Maia na mira
A associação de juízes do trabalho divulgou nota nesta quinta-feira em repúdio às declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ontem defendeu mudanças na legislação trabalhista e sugeriu que a Justiça do Trabalho “não deveria nem existir”. O texto diz que os juízes têm “a importante missão de equilibrar as relações entre o capital e o trabalho, fomentando a segurança jurídica ao garantir a correta aplicação do direito”. Discordam também de falas de parlamentares que categorizam a reforma trabalhista em tramitação na Casa como “tímida”. A entidade indica ainda que 11,75% das novas ações judiciais de 2015 foram diretamente para a Justiça do Trabalho, aliviando os demais tribunais.
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Pezão arquivado
A Procuradoria-Geral da República requisitou ao Superior Tribunal de Justiça o arquivamento de inquérito na Operação Lava-Jato contra o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Segundo a PGR, não há indícios suficientes de que Pezão tenha se beneficiado de qualquer ilícito no esquema de corrupção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. Enquadrado no mesmo inquérito, o ex-governador Sérgio Cabral terá suas fichas enviadas a Curitiba para continuidade das investigações do destino de 30 milhões de reais em desvios para a campanha de 2010. Na chapa, Pezão era vice de Cabral.
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Corrupção na Marginal Tietê
O empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, o operador Adir Assad e outras quatro pessoas tornaram-se réus na Justiça Federal do Rio por suspeita de superfaturamento em obras de ampliação da Marginal Tietê, em São Paulo. O valor de 71,6 milhões de reais de aditivos foi pago pela estatal paulista Dersa. A obra estava orçada inicialmente em 287 milhões de reais, mas saiu por 360 milhões de reais. A denúncia do Ministério Público Federal foi recebida pela 7ª Vara Federal do Rio.
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Mudanças no Enem
O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira mudanças na realização do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As duas provas serão realizadas em dois domingos seguidos, em vez de apenas num fim de semana, não serão mais divulgados dados consolidados de nota média por escolas e a aprovação não valerá como certificado de conclusão do Ensino Médio. A alteração do esquema de datas do Enem foi decidida após a realização da consulta pública entre janeiro e fevereiro deste ano. Sobre o ranking, o ministro Mendonça Filho disse que os dados são utilizados como “propaganda” e essa “não é a missão do Estado brasileiro”.