Brasil

Temer sanciona projeto que libera R$ 102 milhões para passaportes

A verba será liberada assim que Ministério do Planejamento abrir o empenho de recursos e autorizar o repasse ao Ministério da Justiça

Passaporte: com a paralisação, a demanda não atendida pode superar 150 mil pedidos (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Passaporte: com a paralisação, a demanda não atendida pode superar 150 mil pedidos (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2017 às 14h49.

Última atualização em 19 de julho de 2017 às 15h35.

Brasília - O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira, 19, o projeto que autoriza um crédito suplementar de R$ 102 milhões para regularizar a emissão de passaportes no país.

O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 13 de julho, e reforça o orçamento da Polícia Federal para a retomada dos serviços.

A PF suspendeu a emissão do documento desde o dia 27 de junho, às vésperas das férias escolares, por alegada "insuficiência de verbas".

Apesar da sanção presidencial, a retomada dos serviços dependerá da Polícia Federal, que ainda deve informar sobre os envios pendentes do documento.

Os agendamentos têm sido feitos normalmente, mas sem prazo para entrega.

Inicialmente, o recurso destinado à Polícia Federal seria retirado do orçamento do Ministério da Educação, o que causou polêmica entre os parlamentares.

Em seguida, o Ministério do Planejamento alterou a fonte de recursos e retirou verba que inicialmente iria para o pagamento de convênios com organismos internacionais.

Histórico

No dia seguinte à suspensão dos serviço, o governo enviou projeto de lei pedindo dinheiro extra, mas a liberação dependia do aval dos parlamentares.

A abertura de crédito suplementar não pode ser feita por meio de medida provisória. Nas últimas semanas, a PF tem emitido só passaportes de emergência - restritos a algumas situações, como as de saúde e de trabalho.

Em 2016, durante a discussão do Orçamento deste ano, a PF pediu R$ 248 milhões para passaportes. Mas o governo enviou uma proposta de R$ 121 milhões.

Com a suplementação, o valor para emissão do documento chegará a R$ 223,4 milhões. Segundo a PF, no primeiro semestre foram enviados dez ofícios ao governo alertando para a insuficiência de verbas.

A taxa de R$ 257,25 cobrada para a emissão do passaporte não é diretamente vinculada ao serviço.

O dinheiro vai para a Conta Única do Tesouro Nacional e está sujeito às restrições de gastos impostas ao restante da administração federal.

A Polícia Federal não tem autonomia para gerir esse dinheiro. Há projeto de lei no Congresso que prevê proibir o governo de fazer esse tipo de contingenciamento.

Acompanhe tudo sobre:DocumentaçãoGovernoMichel TemerMinistério do PlanejamentoPolícia Federal

Mais de Brasil

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo

Quem foi Luiz Galeazzi, empresário morto em queda de avião em Gramado

Em SP, 65.000 seguem sem luz e previsão é de chuva para a tarde deste domingo

Sobe para 41 número de mortos em acidente em Minas Gerais