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Temer quer unificar PMDB sobre tema da reforma política

Presidente nacional do PMDB convocou uma reunião ampliada do conselho político do partido para a próxima quarta

Michel Temer (PMDB): vice-presidente quer unificar o PMDB sobre o discurso a ser adotado para a reforma política (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 19h51.

Brasília - Vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB , Michel Temer convocou uma reunião ampliada do conselho político do partido para a próxima quarta-feira, 5, no Palácio do Jaburu.

O objetivo oficial é unificar o partido sobre o discurso a ser adotado para a reforma política.

Mas a ideia mesmo é começar a negociar uma estratégia para a retirada da candidatura para a presidência da Câmara do líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), desafeto da presidente.

Temer convidou para a reunião todos os deputados federais, governadores e senadores no exercício do cargo e eleitos, além da direção do PMDB. Será o início oficial da operação governista para desidratar a candidatura de Cunha.

Nas negociações de Temer com o Palácio do Planalto, o desenho é deixar Senado com o PMDB e a Câmara com o PT, seguindo a tradição de dar o comando da respectiva Casa ao partido com maior bancada.

A presença dos deputados federais eleitos será a deixa para que o partido comece a tratar da sucessão do deputado Henrique Eduardo Alves (RN) na presidência da Câmara. Alves disputou o governo do Rio Grande do Norte e foi derrotado.

Ele atribui o insucesso à participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha do adversário Robinson Faria (PSD).

Dois dias após a derrota, Alves incluiu na pauta de votação da Câmara o projeto de decreto legislativo que sustou um decreto da presidente Dilma Rousseff que regulamenta o funcionamento dos conselhos populares.

Há a avaliação no PMDB de que Alves está também por trás do anúncio da candidatura de Cunha à presidência da Câmara, uma decisão que causa profundo mal-estar no Palácio do Planalto.

Numa negociação futura, ele poderia trocar uma vaga num ministério pela retirada da candidatura de Cunha. Para isso, precisaria da ajuda de Temer.

Mas, de acordo com informações do Palácio do Planalto, são pequenas as chances de o atual presidente da Câmara se tornar ministro, mesmo que seja no lugar do primo, o senador Garibaldi Alves, da Previdência.

É que a gestão de Alves frente à Câmara nunca foi do agrado da presidente Dilma Rousseff. Toda sua atuação foi de seguidos confrontos, desde o tempo em que era líder do partido na Câmara, antes de 2013.

Na lista de Dilma para a relação de ministros do PMDB há outros nomes à sua frente. Alguns deles são de Minas Gerais, como recompensa pela derrota de Aécio Neves para Dilma no Estado; ou do deputado Eliseu Padilha (RS).

Um possível indicado pelo governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, também não é descartado, até para amenizar a influência de Cunha em seu Estado.

Ciro

O ex-ministro Ciro Gomes também começa a entrar na bolsa de apostas.

Seu nome tem sido lembrado para Cidades. Nos próximos dias a presidente Dilma terá uma reunião com o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS) e com o governador eleito do Estado, Camilo Santana (PT).

Quanto ao PP, de acordo com informação de auxiliares da presidente Dilma, o partido seria acomodado em outra pasta, ainda sem definição.

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O objetivo oficial é unificar o partido sobre o discurso a ser adotado para a reforma política.

Mas a ideia mesmo é começar a negociar uma estratégia para a retirada da candidatura para a presidência da Câmara do líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), desafeto da presidente.

Temer convidou para a reunião todos os deputados federais, governadores e senadores no exercício do cargo e eleitos, além da direção do PMDB. Será o início oficial da operação governista para desidratar a candidatura de Cunha.

Nas negociações de Temer com o Palácio do Planalto, o desenho é deixar Senado com o PMDB e a Câmara com o PT, seguindo a tradição de dar o comando da respectiva Casa ao partido com maior bancada.

A presença dos deputados federais eleitos será a deixa para que o partido comece a tratar da sucessão do deputado Henrique Eduardo Alves (RN) na presidência da Câmara. Alves disputou o governo do Rio Grande do Norte e foi derrotado.

Ele atribui o insucesso à participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha do adversário Robinson Faria (PSD).

Dois dias após a derrota, Alves incluiu na pauta de votação da Câmara o projeto de decreto legislativo que sustou um decreto da presidente Dilma Rousseff que regulamenta o funcionamento dos conselhos populares.

Há a avaliação no PMDB de que Alves está também por trás do anúncio da candidatura de Cunha à presidência da Câmara, uma decisão que causa profundo mal-estar no Palácio do Planalto.

Numa negociação futura, ele poderia trocar uma vaga num ministério pela retirada da candidatura de Cunha. Para isso, precisaria da ajuda de Temer.

Mas, de acordo com informações do Palácio do Planalto, são pequenas as chances de o atual presidente da Câmara se tornar ministro, mesmo que seja no lugar do primo, o senador Garibaldi Alves, da Previdência.

É que a gestão de Alves frente à Câmara nunca foi do agrado da presidente Dilma Rousseff. Toda sua atuação foi de seguidos confrontos, desde o tempo em que era líder do partido na Câmara, antes de 2013.

Na lista de Dilma para a relação de ministros do PMDB há outros nomes à sua frente. Alguns deles são de Minas Gerais, como recompensa pela derrota de Aécio Neves para Dilma no Estado; ou do deputado Eliseu Padilha (RS).

Um possível indicado pelo governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, também não é descartado, até para amenizar a influência de Cunha em seu Estado.

Ciro

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Quanto ao PP, de acordo com informação de auxiliares da presidente Dilma, o partido seria acomodado em outra pasta, ainda sem definição.

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