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Queda de Dilma nas pesquisas é variação comum, diz Temer

O vice presidente negou que a queda tenha relação com as recentes denúncias do ex-diretor da Petrobras


	Michel Temer: "o depoimento não terá nenhuma repercussão eleitoral", diz
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "o depoimento não terá nenhuma repercussão eleitoral", diz (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 14h11.

Rio - O vice-presidente da República Michel Temer minimizou nesta quarta-feira a queda das intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff, identificada na pesquisa Ibope divulgada ontem pelo Estado. De acordo com o levantamento, a candidata do PT à reeleição caiu três pontos porcentuais na corrida eleitoral, mas segue em primeiro lugar.

Temer classificou o resultado como uma "variação comum" e sem relação com as recentes denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

"É uma variação comum. Lá atrás a presidente já esteve em situação muito mais delicada, quando a candidata Marina estava 10 pontos à frente. É uma variação razoável", afirmou o ministro durante uma visita à feira Rio Oil & Gas, que reúne as maiores empresas do setor com atuação no País.

Para Temer, a queda não tem relação com as revelações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada, que indicou o pagamento de propina a políticos e partidos como o PT, PP e o PMDB do qual Temer é o atual presidente.

"O depoimento não terá nenhuma repercussão eleitoral. Teria se o governo estivesse fazendo panos quentes ou jogando para debaixo do tapete", completou o vice-presidente.

"Não temos senão que aguardar as suas manifestações. Não temos expectativa nenhuma. O governo é quem está apurando, com a Polícia Federal que é vinculada ao Ministério da Justiça. Não está tendo nenhum impedimento à apuração, o que se quer é que apure", opinou o vice-presidente.

Temer reforçou o discurso de campanha da presidente, se referindo à Petrobras como um "símbolo nacional'. Segundo ele, a companhia tem "potencialidades extraordinárias" e "não é a mesma de 30 anos atrás".

Além das denúncias de corrupção, a empresa tem sido alvo de críticas do mercado por segurar investimentos, em função de sua delicada situação financeira.

Os empresários também criticam a política do governo para o setor, sobretudo em relação à carga tributária e à demora na realização de novos leilões de concessão.

"Conversei com representantes do setor e empresários sobre a crença na companhia. Vamos precisar de alguns ajustamentos, sobre os quais conversamos e que vamos levar adiante. Mais leilões foi uma das questões levantadas", afirmou Temer.

Alianças

O vice-presidente avaliou que o momento eleitoral é de "paz institucional" e que nas próximas semanas a campanha da presidente Dilma Rousseff trabalhará com "tranquilidade" para enfrentar as eleições. Ele também comentou o desempenho do partido no Rio de Janeiro, onde o candidato Luiz Fernando Pezão aparece em primeiro lugar empatado tecnicamente com o ex-governador Anthony Garotinho.

"O partido está indo muito bem no Rio, o Pezão cresceu significativamente. Se houver segundo turno, haverá conversas seguramente", disse o vice-presidente em relação à uma possível aliança com o PT, partido que compõe a coligação nacional mas que, no Rio, tem candidatura própria ao governo. O candidato Lindbergh Farias está em quarto lugar nas pesquisas.

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