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Temer embarca para São Paulo e deve encontrar advogado

Procuradoria da República no DF atribuiu a José Yunes e a João Baptista Lima Filho papel de arrecadadores do "líder da organização criminosa, Michel Temer"

Michel Temer: Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que acusações tinham "como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente" (Cristiano Mariz/VEJA)

Michel Temer: Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que acusações tinham "como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente" (Cristiano Mariz/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2018 às 17h35.

Brasília - O presidente Michel Temer já deixou Brasília e está a caminho de São Paulo, onde deve ter reunião com o seu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. O presidente decolou por volta das 14h20 e não tem compromissos oficiais na capital paulista. Segundo auxiliares, o encontro com o advogado faz parte da rotina do presidente.

Temer teve uma reunião hoje cedo no Palácio do Jaburu com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). Os ministros, que são os principais auxiliares do presidente, são investigados no caso do chamado "quadrilhão do MDB" no Congresso.

Essa semana, em aditamento à denúncia, a Procuradoria da República no Distrito Federal atribuiu ao empresário e advogado José Yunes e ao coronel João Baptista Lima Filho o papel de arrecadadores do "líder da organização criminosa, Michel Temer".

Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou, por meio de nota, que as acusações noticiadas por conta de informações complementares de delação premiada que o corretor Lúcio Bolonha Funaro entregou à PGR tinham "como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente Michel Temer sem que as investigações produzam fatos reais". "Ou seja, são apenas ficções em série", diz a nota.

A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto disse ainda que todas as atribuições do coronel João Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer "sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção". "Essa velha acusação volta a ser requentada hoje pelas autoridades sem que haja provas reais", afirma a Secom.

Agenda

Ainda não foi definido, mas, segundo auxiliares, Temer "possivelmente" ficará em São Paulo até amanhã quando vai para Lima, no Peru, participar da VIII Cúpula das Américas. Quando Temer estiver fora do Brasil, até sábado, a presidente do Supremo tribunal Federal, Cármen Lucia, vai presidir o País.

Além da reunião com Padilha e Moreira no Jaburu hoje cedo, Temer reuniu-se com o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, e com o ministro da Segurança, Raul Jungmann, assim que chegou no Planalto, por volta das 10 horas. Os compromissos foram incluídos nesta tarde na agenda oficial.

Temer tirou ainda foto com o ex-ministro Helder Barbalho e alguns parlamentares paraenses: deputada Elcione Barbalho (MDB/PA); deputada Simone Morgado (MDB/PA); deputado Francisco Chapadinha (PODE/PA) e Deputado Lúcio Vale (PR/PA).

Logo depois, Temer comandou a reunião ministerial da sua nova equipe na qual disse que os novos integrantes do governo não devem se incomodar com as críticas e destacou, sem citar as operações que investigam pessoas de seu entorno, que algumas situações que "poderiam embaraçar o governo", mas acabaram servindo de "combustível" para que ele continue governando.

Depois da reunião ministerial, Temer voltou a se encontrar com Padilha e Moreira, desta vez no Planalto e com a presença de Dyogo Oliveira, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por fim, o presidente teve uma audiência com os ministros Torquato Jardim (Justiça) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União).

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