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Temer embarca para Rússia e Noruega em busca de investimentos

Também estão previstos, ao longo da visita oficial à Rússia, encontros com autoridades do Executivo e do Legislativo russos

Presidente Michel Temer (Reprodução/Agência Brasil)

Presidente Michel Temer (Reprodução/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 16 de junho de 2017 às 18h27.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 18h31.

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer embarca na próxima segunda-feira para duas viagens internacionais --à Rússia e à Noruega-- em busca de investimentos no Brasil, enquanto segue o suspense político causado pelas delações de executivos da J&F e pelo esperado oferecimento de denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República.

Logo no dia de chegada a Moscou, na terça-feira, Temer reúne-se com investidores russos, segundo o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, que têm interesse nos setores de petróleo e gás, ferrovias e portos.

Também estão previstos, ao longo da visita oficial à Rússia, encontros com autoridades do Executivo e do Legislativo russos, como o presidente Vladimir Putin e o primeiro-ministro, Dmitry Medvedev.

A Rússia faz parte do bloco Brics, formado ainda por China, Índia e África do Sul.

Na Noruega, onde desembarca no dia 22, o primeiro dia de visita também será dedicado a investidores. Segundo Parola, o país é o oitavo maior investidor no Brasil, muito presente no setor de energia. Temer também terá encontros com o rei Harald V e com a primeira-ministra, Erna Solberg.

"A viagem dá continuidade a sua diplomacia presidencial, voltada para a universalização de nossas relações externas e orientada por prioridades concretas da sociedade brasileira. A promoção do crescimento e a geração de empregos são partes essenciais dessas prioridades", disse o porta-voz em breve briefing à imprensa.

"O presidente Temer reafirmará mensagem de firme compromisso com a agenda de reformas e de maior e melhor integração do país com os fluxos globais de comércio e investimentos."

O governo enfrenta uma grave crise política deflagrada com a divulgação de áudio e delação de executivos da J&F, controladora da JBS. Conseguiu sobrevida após julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu a chapa Dilma-Temer em ação que pedia sua cassação.

Mas deve enfrentar, nos próximos dias, nova turbulência com a esperada denúncia que o procurador-geral da República deve oferecer em inquérito que apura se Temer cometeu os crimes de obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva.

Janot tem até o dia 26 deste mês para apresentar a denúncia, que só prosseguirá diante da aprovação de dois terços da Câmara dos Deputados.

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