O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Michel Temer, em Nova York, no dia 18/09/2017 (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 07h00.
Última atualização em 19 de setembro de 2017 às 07h26.
Temer e Trump
Em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes latino-americanos, Michel Temer defendeu uma solução diplomática para a crise na Venezuela, sem intervenções internacionais.
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Segundo o presidente brasileiro, houve “coincidência absoluta das posições de todos os participantes do jantar” sobre o tema.
“As pessoas querem que lá se estabeleça uma democracia. Não querem uma intervenção externa, querem manifestações dos países. Todos querem continuar a pressão para resolver, mas é uma pressão diplomática”, afirmou, acrescentando que o grupo discutiu sanções.
JBS despenca
Depois de subir 10% na última semana, as ações do frigorífico JBS caíram 3,85% nesta segunda-feira, com um quiproquó entre seus acionistas. No fim de semana, o conselho de administração da companhia escolheu o fundador, José Batista Sobrinho, de 84 anos, como o novo presidente para completar até 2019 o mandato de seu filho, Wesley Batista, preso por uso de informação privilegiada.
Ainda no domingo, Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, dono de 21% da JBS, avisou que poderia ir à Justiça contra a escolha.
Nesta segunda-feira, Rabello voltou atrás e disse que o banco não poderá contestar a decisão, como inicialmente avaliado, porque a representante do BNDES no colegiado deu quórum à reunião. A bolsa voltou a bater seu recorde nominal na segunda-feira, com 75.990 pontos.
Posse de Raquel Dodge
A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tomou posse nesta segunda-feira, em evento na sede da PGR. Estiveram presentes o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia.
Em sua fala, Dodge disse que o Ministério Público deve “promover a justiça, defender a democracia e garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei”.
“O país passa por um momento de depuração. Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto”, disse.
“O Ministério Público posta-se ao lado dos cidadãos para cumprir o que lhe incumbe claramente a Constituição de modo a assegurar que todos são iguais e todos são livres, que o devido processo legal é um direito e que a harmonia entre os Poderes é um requisito para a estabilidade da nação.”
A cerimônia durou 30 minutos. O agora ex-procurador-geral Rodrigo Janot não compareceu.
Reversão sexual
O juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, da Justiça Federal do DF, concedeu uma liminar a um grupo de psicólogos que pretendem “tratar” homossexuais e fazer terapias de “reversão sexual” sem precisar de autorização do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Ações que pretendam a patologização da orientação sexual são vetadas por lei. A decisão de Carvalho determina que o conselho, que dá as normas de atuação da categoria, interprete o texto de lei sem “impedir que psicólogos façam estudos ou atendimento buscando reorientação sexual”.
O CFP vai recorrer da decisão e diz que a liminar “representa uma violação dos direitos humanos e não tem qualquer embasamento científico”.
Reza forte
Em vídeo que circula em grupos do aplicativo WhatsApp, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirma que nunca houve uma recessão como esta e que é preciso “rezar pela economia”.
Segundo a assessoria do ministro, a mensagem foi gravada no sábado e enviada aos pastores da Assembleia de Deus em Madureira, que realizavam um culto em que foi passada a mensagem.
“Nossa meta é fazer com que este país volte a ter emprego. Por isso, preciso contar com a colaboração de vocês. Me sinto à vontade falando com vocês porque temos os mesmos valores, a lei de Deus e dos homens. Preciso da oração de todos”, diz Meirelles na gravação.
Retomada lenta
O PIB cresceu 0,6% no trimestre encerrado em julho deste ano, na comparação com o trimestre encerrado em abril. Os dados são do Monitor do PIB, divulgado pela FGV nesta segunda-feira. Na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2016, a alta chegou a 1,1%.
Considerando-se apenas o mês de julho, houve alta de 0,1% na comparação com o mês anterior e de 1,3% na comparação com julho de 2016.
No trimestre encerrado em julho, os destaques ficaram com os setores de agropecuária (11,7%), indústria extrativa mineral (4,5%), indústria de transformação (1,6%), comércio (3%), transportes (2,4%) e outros serviços (1,5%).
Segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, os economistas continuam otimistas com o futuro: a expectativa de alta para o PIB deste ano seguiu em 0,6%.
Há um mês, a perspectiva era de 0,34%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,10% para 2,20%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2%.
Hamas aceita sair da Faixa de Gaza
O grupo islâmico Hamas anunciou que vai dissolver o governo que controla a Faixa de Gaza. O anúncio, feito no domingo, foi resultado do compromisso firmado com o Egito, que previa novas eleições parlamentares e do Poder Executivo.
O Hamas assumiu o poder do território em 2006 e, desde então, não realizou novas eleições. O presidente da Palestina, Mahmud Abbas, afirmou que é necessário ter cautela antes de comemorar a decisão.
Segundo ele, outras tentativas de reconciliação no território não deram certo por causa da divisão política. A Faixa de Gaza enfrenta graves problemas de falta de energia elétrica e de suprimentos básicos. No início do mês, a ONG Save the Children afirmou que a região se tornaria inabitável em 2020.
Reino Unido e o desafio policial
Os dois autores do atentado em Londres foram presos neste fim de semana. Yahyah Farroukh, de 21 anos, e um jovem ainda não identificado de 18 anos. Yahyah é sírio e estuda inglês no país.
Os dois suspeitos permanecem presos, sob acusação de terrorismo. Desde a explosão, que deixou 29 feridos, o país elevou seu estado de alerta para o nível máximo.
Com a série de ataques no país neste ano, uma questão antiga voltou a ser discutida: a posse de armas pela polícia inglesa. O Reino Unido não permite o uso de armas de fogo pelos oficiais desde 1829.
Em janeiro, uma pesquisa mostrou que somente 6% dos oficiais achavam “adequado” o número de policiais que portam armas letais (apenas 5% no País de Gales e na Inglaterra).