Brasil

Temer discutirá crise prisional com Norte e Centro-Oeste

Estava previsto que Temer conduzisse um evento com todos os governadores, no qual seriam assinados acordos de cooperação entre a União e os estados

Temer: de acordo com a assessoria de imprensa, a "alteração no formato" do encontro de amanhã ocorreu "a pedido de vários governadores" (Adriano Machado/Reuters)

Temer: de acordo com a assessoria de imprensa, a "alteração no formato" do encontro de amanhã ocorreu "a pedido de vários governadores" (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 21h16.

Última atualização em 17 de janeiro de 2017 às 21h27.

O presidente Michel Temer vai se reunir nesta quarta-feira (17) com os governadores de estados do Norte e Centro-Oeste para discutir a crise penitenciária, que se agravou nos últimos dias após o massacre de mais de 100 detentos em diferentes presídios brasileiros.

Foram convidados para o encontro, no Palácio do Planalto, os governadores do Acre, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia e Pará.

Anteriormente, estava previsto que Temer conduzisse um evento com todos os governadores, no qual seriam assinados acordos de cooperação entre a União e os estados com compromissos para a implementação do Plano Nacional de Segurança Pública.

O cerimonial do Ministério da Justiça chegou a enviar um convite aos 27 representantes estaduais, mas depois transmitiu uma mensagem informando sobre o cancelamento da solenidade.

De acordo com a assessoria de imprensa, a "alteração no formato" do encontro de amanhã ocorreu "a pedido de vários governadores". "O presidente da República fará reunião de trabalho por regiões.

Amanhã, ele iniciará com a Região Norte, "que solicitou em virtude dos atuais problemas do sistema penitenciário", informou o ministério, por meio de nota.Nesta terça-feira (16), o presidente editou um decreto autorizando durante um ano o emprego das Forças Armadas em penitenciárias estaduais para a revista e apreensão de armas, celulares, drogas e demais materiais proibidos.

De acordo com o ato, o Ministério da Defesa vai editar normas complementares sobre a atuação dos militares, que só serão deslocadas caso os estados concordem com a medida.

Desde o início do ano, rebeliões e confrontos entre detentos já provocaram pelo menos 119 mortes em Manaus, Boa Vista e Nísia Floresta (RN).

Nesta última, os presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz voltaram a ocupar hoje os telhados da unidade após informações de novas brigas entre os presos.

Acompanhe tudo sobre:GovernoMichel TemerMortesPrisões

Mais de Brasil

RS receberá R$ 6,5 bilhões para sistema de proteção contra inundações

Governo da Venezuela 'se afasta' de lisura e transparência nas eleições, diz Pacheco

Lula se reuniu com Boulos para discutir participação na campanha em 'agenda secreta' em SP

Mais na Exame