Temer cria conselho "informal" de comunicação
O presidente Michel Temer aceitou sugestão de cientista político e criou um grupo "informal" de comunicação para melhorar o anúncio de ações do governo
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2016 às 08h07.
Brasília - O presidente Michel Temer vem se reunindo com um "grupo informal de comunicação" de nove pessoas ligadas ao meio político, com experiência em marketing e campanhas eleitorais, para assessorá-lo na forma de anunciar ações e se posicionar frente a temas do governo .
A criação do grupo foi uma sugestão do cientista político Gaudêncio Torquato, amigo pessoal de Temer, que resgatou uma ideia praticada em 1986, durante o governo José Sarney.
"Criei grupo de comunicação composto por 25 pessoas, os maiores comunicadores do País. Depois de três meses e ótimas sugestões, Sarney não atendendo a propostas, eu mesmo propus dissolução do grupo", afirmou.
"Desta vez, um grupo menor e bem entrosado pode dar certo, já que o presidente sabe ouvir e ponderar."
Temer já esteve reunido com seus "auxiliares" em pelo menos três ocasiões. A última reunião foi na sexta-feira passada, 16, em São Paulo, antes de embarcar para Nova York. A ideia é que o grupo se reúna pelo menos uma vez por mês.
Torquato é o responsável pela pauta prévia do debate, mas todos levam sugestões de assuntos que consideram importantes de serem debatidos.
Além dele, integram o conselho o jornalista e consultor de marketing político Chico Santa Rita; o publicitário do PMDB, Elisinho Mouco; o cientista político Rubens Figueiredo; o jornalista e advogado Antonio Lavareda; o jornalista e consultor político Eduardo Oinegue - que deve ser anunciado porta-voz oficial do governo -; o secretário de comunicação da Presidência, Márcio Freitas; o historiador Marco Antonio Villa; e o advogado Ruy Altenfelder.
De volta ao Brasil, Temer recebe nesta quinta-feira, 22, Oinegue para convidá-lo para o cargo de porta-voz. A avaliação do Planalto é de que o governo precisa afinar o discurso para evitar ruídos e desgastes, que o obrigou a ter seguidos "recuos".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.