Michel Temer: "Não descarto candidatura, não descarto nada. O futuro vai dizer. E o futuro é agora em julho" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de maio de 2018 às 15h14.
Brasília - O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira, 10, em rápida entrevista por telefone ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), que acha muito difícil haver uma candidatura única de centro à Presidência da República nas eleições deste ano. Diante desse cenário, ele disse que seu partido, o MDB, continua tendo duas opções de candidatos: ele próprio e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
"Andei falando aqui numa coisa que não deu certo, que era tentar um único candidato de centro. E essa candidatura de centro já vi que não prospera uma única candidatura. Acho difícil. Tenho falado com algumas pessoas e vejo que é um pouco complicado. Então, tenho que deixar o quadro tal como está, como estava antes. Depois, até o mês de julho, decide-se o que vai se fazer", declarou o presidente da República.
Temer afirmou que hoje não descarta nenhuma possibilidade, nem mesmo um eventual apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB e com o qual interlocutores do presidente já iniciaram diálogo sobre possível aliança eleitoral.
"Hoje não descarto nada. Não descarto candidatura, não descarto nada. O futuro vai dizer. E o futuro é agora em julho", disse.
Além de Alckmin, Temer e Meirelles, figuram como pré-candidatos de centro à Presidência na disputa deste ano o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o senador Álvaro Dias (Podemos-PR); o empresário Flávio Rocha (PRB), dono das lojas Riachuelo; o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC); e do empresário João Amoedo (Novo).
A seguir os principais pontos da entrevista de Temer:
Deixa eu contar para você: isso é uma matéria que só vai ser solucionada em julho. Você sabe que o PMDB tem duas opções: tem a mim e tem ao Meirelles. E isso vai seguir até julho. Essas definições finais, você vê que só se dão no mês de julho, não se dão agora.
É porque tem gente no PMDB, dois ou três diretórios, que não querem candidatura própria para poderem fazer os acordos lá mais confortavelmente. Mas só isso. Nada mais que isso. Vai rodar muita água pela frente.
Por enquanto, não tem nem sou nem não sou. Porque, na verdade, andei falando aqui numa coisa que não deu certo, que era tentar um único candidato de centro. E essa candidatura de centro já vi que não prospera uma única candidatura. Acho difícil. Tenho falado com algumas pessoas e vejo que é um pouco complicado. Então, tenho que deixar o quadro tal como está, como estava antes. Depois, até o mês de julho, decide-se o que vai se fazer.
Hoje não descarto nada. Não descarto candidatura, não descarto nada. O futuro vai dizer. E o futuro é agora em julho.
Não posso dizer nada a respeito disso, né. Estão todos muito bem posicionados (risos).
Seria um candidato competitivo, mas foi uma decisão pessoal, como acontece nessas coisas todas. As pessoas que decidem. Agora, seria um candidato competitivo, sem dúvida.
Não sei dizer. Olhe, não tem nada definido.