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Temer anuncia pré-candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto

Na ocasião, Temer disse não estar apenas "enaltecendo" a figura do candidato da legenda, mas apresentando seu projeto de governo

Meirelles: presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira, em evento do MDB, a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda (Adriano Machado/Reuters)

Meirelles: presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira, em evento do MDB, a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de maio de 2018 às 12h46.

Última atualização em 22 de maio de 2018 às 14h42.

Brasília - O MDB oficializou nesta terça-feira a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência da República, apostando em um crescimento significativo dele nas pesquisas de intenção de voto até julho e em um partido unido em torno da candidatura própria.

Em uma cerimônia onde foi lançado também o documento "Encontro com o Futuro", um programa de governo do partido para além de 2018, o presidente Michel Temer - sem citar que teria cogitado a própria candidatura - ungiu Meirelles e disse torcer que ele seja o único candidato do chamado centro político.

"Queira Deus que você um dia seja o único candidato de centro no nosso país, que possa continuar o que nós começamos", disse Temer dirigindo-se a Meirelles.

Em sua fala, o presidente cobrou unidade do MDB e chegou a dizer que quem não apoiasse Meirelles deveria sair do partido. "Temos que ter unidade absoluta, não temos mais que contemporizar", afirmou.

Com apenas 1 por cento das intenções de voto nas pesquisas, Meirelles ainda está longe de ser considerado um candidato competitivo, mas tem rejeição muito menor que Temer. Mais de 80 por cento das pessoas afirmam que não votariam de jeito nenhum no presidente em pesquisas recentes.

A aposta do MDB é que até julho, quando devem ocorrer as convenções partidárias, Meirelles mostre um crescimento significativo nas pesquisas.

"Agora abrimos espaço para avançar. Meirelles tem condições de buscar convergência e crescer no centro. Todas as candidaturas aí estão estagnadas", disse o presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR).

Jucá disse ainda que não há impedimentos estaduais para o apoio unificado do partido a Meirelles, já que as composições locais estão liberadas. "Temos que criar agora uma tendência de crescimento. Vamos avaliar os resultados no final de julho. A situação aí vai ser muito mais positiva", afirmou.

O próprio Meirelles defendeu que o tempo vai fazer sua candidatura crescer. O ex-ministro citou pesquisas qualitativas que mostram um potencial de crescimento à medida que os eleitores liguem seu nome aos bons resultados econômicos.

"Nós ouvimos pessoas de diversas faixas etárias, diversas faixas de rendimento, escolaridade, do Brasil inteiro, mas todas pessoas que não tinham nunca ouvido falar do meu nome. O resultado é que, após conhecerem o histórico, após conhecerem o que está sendo feito no Brasil, terem acesso a todas as informações, o resultado foi um aumento impressionante da intenção de voto", afirmou Meirelles.

"Isso me convenceu de que de fato nós temos aí um potencial enorme para de fato ganhar a eleição."

Meirelles acredita que a população irá reagir de forma positiva à sua candidatura diante da expectativa de crescimento da economia, assim como de controle da inflação e da geração de empregos.

"Eu tenho confiança de que é uma questão de tempo", afirmou. "O povo sabe escolher e o povo não vai voltar à situação de aventura e de políticas populistas que levaram o Brasilà recessão."

O ex-ministro aproveitou para tecer elogios a Temer, cuja rejeição em pesquisas de opinião é elevada, e afirmou que o julgamento da história não acontece no mesmo tempo do julgamento dos homens, acrescentando ter certeza de que ele será reconhecido no futuro.

"O presidente certamente será um cabo eleitoral positivo, porque está realizando, o governo está mostrando crescimento, está mostrando criação de emprego, renda e os resultados falam por si só", garantiu Meirelles.

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