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Técnico do Uruguai diz que Copa "não terá favorito"

O "Maestro", que está à frente da "Celeste" desde 2006, espera repetir o resultado da última edição, em 2010, na África do Sul

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 17h32.

O técnico da seleção uruguaia, Oscar Tabárez, declarou nesta quarta-feira em entrevista à AFP que a Copa do Mundo do Brasil-2014 "não terá favorito", mas prevê um "salto de qualidade" em relação à edição anterior.

O "Maestro", que está à frente da "Celeste" desde 2006, espera repetir o resultado da última edição, em 2010, na África do Sul, quando levou a equipe às semifinais, terminando a competição em quarto lugar.

"Nossa equipe não sentirá o peso da história e está condicionada mentalmente para tentar conseguir coisas importantes" em solo brasileiro, onde o futebol uruguaio escreveu a página mais gloriosa da sua história ao conquistar o bicampeonato com vitória por 2 a 1 sobre a seleção anfitriã em pleno Maracanã.

"Esta Copa terá as melhores seleções do mundo (todos os campeões mundiais estarão presentes), neste sentido, acredito que possa ter um salto de qualidade em relação a 2010", ressaltou o treinador.

"Não posso dizer que haverá um grande favorito, nem que uma equipe tenha que ser descartada", analisou.

Tabárez prevê uma competição "cheia de intensidade, com jogadores de grande potencial técnico".

O treinador aponta como principais candidatos ao título "a Espanha, que ganha a maioria das partidas que disputa, e o Brasil, que desde a chegada de (Luiz Felipe) Scolari vem conseguindo resultados importantes e jogará em casa".

Ele também citou "outras potências europeias, como Inglaterra, Holanda e Bélgica, que estão chegando a passos de gigante entre os melhores, junto com a Argentina".

Tabárez acredita que o craque argentino Lionel Messi tem tudo para brilha na Copa apesar de ter tido um início de temporada complicado por causa de repetidas lesões.

"Tudo que ele fizer no Mundial terá mais transcendência, mas não deixam de ser jogos de futebol e Messi sempre mostra sua importância com a bola no pé. Não tenho dúvidas de que será um dos grandes protagonistas da competição", explicou.


Adversários diretos

O "Maestro" minimizou a importância do fato da sua equipe integrar o "grupo da morte", junto com Inglaterra, Itália e Costa Rica.

"Achamos que somos capazes de jogar de igual para igual com qualquer equipe do mundo, mas nenhum adversário é fácil para nós", explicou.

Sobre a Inglaterra, campeã mundial em 1966, o treinador destacou o nível da Premier League e o talento de "Wayne Rooney e de ótimos jovens jogadores. Dizer que a Inglaterra é uma equipe de jogo direto e de jogo aéreo é visão de outra época", salientou.

A "Celeste" fará sua estreia pelo grupo D diante da Costa Rica, em 14 de junho em Fortaleza, enfrentará os ingleses em 19 de junho em São Paulo, antes de fechar a primeira fase diante da Itália, em Natal, em 24 de junho.

Tabárez alertou que a Costa Rica será "um adversário muito difícil", e destacou o grande histórico da tetracampeã Itália na competição.

"Do ponto de vista tático, o futebol italiano é uma grande escola, mas não somos ingênuos e acho que temos recursos táticos para fazer uma boa partida contra eles", adiantou.

Itália e Uruguai se enfrentaram em junho do ano passado na disputa pelo terceiro lugar da Copa das Confederações, com vitória nos pênaltis da "Azzurra" depois do empate em 2 a 2.

Suárez "não desiste nunca"

O Uruguai chega à Copa com uma equipe experiente e uma dupla de ataque que brilha na Europa, com Luis Suárez, atual artilheiro do Campeonato Inglês, e Edinson Cavani, maior goleador do Campeonato Italiano no ano passado com o Napoli, hoje no Paris Saint-Germain.

"Suárez não terá nenhuma responsabilidade especial, mas tenho esperanças de que seu potencial individual possa fazer a diferença para a equipe", declarou o treinador. "É um jogador que não desiste nunca, sempre está pronto para dar tudo de si", acrescentou.

Sobre Cavani, Tabárez ressaltou, que, além do faro de gol, o atacante do PSG tem "uma grande capacidade de entrega física e uma vocação para ajudar defensivamente, que fazem dele um jogador útil em diferentes circunstâncias de jogo.

Tabárez preferiu não falar sobre seu destino depois da Copa, mas avisou que "nunca negaria a possibilidade de seguir à frente da seleção uruguaia".

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