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TCU dá mais 60 dias para empresas colaborarem com investigação

As empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht são investigadas por fraudes ocorridas em licitações para a construção da usina

Angra 3: (Eletronuclear/Divulgação)

Angra 3: (Eletronuclear/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de junho de 2017 às 15h42.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu mais 60 dias para que o Ministério Público Federal (MPF) feche os acordos de contribuição com as construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht.

As empreiteiras são investigadas por fraudes ocorridas em licitações para a construção da Usina Angra 3.

O pedido de prorrogação do prazo foi protocolado pelo procurador da República Deltan Dallagnol, membro da força-tarefa da operação Lava Jato.

O TCU também decidiu aguardar a manifestação do MPF sobre compromisso das empreiteiras de colaborarem com os processos de controle externo, antes de analisar a aplicação de sanção de inidoneidade às três empresas.

Em março, o TCU analisou o processo que trata de indícios de fraudes na licitação nos contratos de montagem eletromecânica da Usina Nuclear Angra 3.

Na ocasião, o acórdão determinou sanção de inidoneidade para licitar com a administração pública federal a quatro das sete empresas integrantes do consórcio que venceu a licitação para a construção da usina.

As construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht não receberam a mesma sanção por terem contribuído com a investigação da Operação Lava-Jato.

De acordo com estimativas da área técnica do TCU, o prejuízo com irregularidades em todo o empreendimento de Angra 3 pode chegar a R$ 400 milhões.

Foram apontadas fraudes em licitação, com formação de cartel, insuficiência de recursos financeiros para dar continuidade à execução dos contratos e reiterados atrasos na execução das obras.

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