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TCU aponta atrasos em obras de energia para Rio 2016

Tribunal encontrou uma série de falhas nas obras de suprimento de energia para estruturas da Olimpíada do Rio

Trabalhador no campo de obras no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 21h29.

Brasília - O Tribunal de Contas da União ( TCU ) encontrou uma série de falhas nas obras de suprimento de energia elétrica para o Parque Olímpico da Barra e o Complexo Esportivo de Deodoro, estruturas da Olimpíada do Rio em 2016.

Na auditoria, o órgão identificou "atrasos que podem comprometer o prazo de entrega do empreendimento, projeto básico deficiente ou desatualizado e falta de exigência de garantia contratual".

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O levantamento, feito entre 1º de abril e 13 de maio, foi baseado em informações repassadas pelos ministérios do Esporte e de Minas e Energia, além da Autoridade Pública Olímpica (APO).

O objetivo foi verificar a regularidade e os prazos de execução das obras de construção de linhas de alimentação e subestação de energia elétrica. As obras de energia estão estimadas em R$ 152,7 milhões.

Para driblar os atrasos, o Ministério de Minas e Energia contratou, sem licitação, o consórcio SPE Energia Olímpica, formado pela estatal Furnas e pela empresa carioca Light.

O acordo foi firmado em janeiro, em caráter emergencial. A contratação, aponta a auditoria, foi efetivada faltando apenas 16 meses para o início dos eventos-teste (junho/2015), com atrasos de oito meses, se considerado o prazo necessário de 24 meses para a conclusão das obras.

Em resposta ao TCU, o Ministério de Minas e Energia garantiu que a união das empresas vai possibilitar a redução do prazo de implantação de 24 meses para 16 meses.

"Em decorrência desses atrasos, há riscos de que esses empreendimentos não sejam entregues dentro dos prazos acordados com o Comitê Olímpico Internacional (COI), além de ter acarretado a contratação direta, sem licitação, pelo Ministério de Minas e Energia no caso das obras de suprimento de energia elétrica para o Parque Olímpico da Barra", afirmou em seu voto o ministro-relator Raimundo Carreiro.

Em relação às obras da subestação olímpica e de suas linhas de alimentação, o TCU concluiu que há "insuficiência de informações no projeto e falta de detalhamento do orçamento".

O TCU decidiu ouvir a Autoridade Pública Olímpica para a apresentação de justificativas e medidas no prazo de 15 dias. A reportagem não conseguiu contato com a APO na noite desta quarta-feira.

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