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Tasso diz que parlamentarismo é "bandeira oficial" do PSDB

Entretanto, o presidente interino do partido afirmou que o parlamentarismo não é para agora, "porque não é solução para a crise"

Tasso Jereissati: o senador negou que o partido esteja dividido (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Tasso Jereissati: o senador negou que o partido esteja dividido (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 15h38.

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereisati (CE), disse hoje (24) que o parlamentarismo "é a bandeira oficial" de seu partido.

"Mas não para agora, nas eleições de 2018, porque não é solução para a crise, e sim como sistema definitivo a partir de 2022", acrescentou após participar de uma reunião com os 27 diretórios regionais do PSDB.

Tasso negou que o partido esteja dividido apesar, de ele e outros parlamentares tucanos já terem defendido a saída da base do governo.

"O que temos são apenas divergências. E continuaremos tendo porque não somos partido de pensamento único. Não precisamos selar paz onde não há guerra", disse ao final do encontro.

O descontentamento de alguns tucanos com a permanência na base do governo ficou evidente desde o vazamento de gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, com o presidente Michel Temer, e também com o senador Aécio Neves, que se licenciou da presidência do partido para atuar em sua defesa.

A insatisfação ficou ainda maior após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot ter denunciado Temer por corrupção passiva. Aécio também foi denunciado por corrupção e obstrução da Justiça.

Suposto pedido de afastamento

Tasso disse não ter conhecimento sobre um suposto pedido feito pelo presidente Michel Temer ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), para que o senador mineiro retornasse à presidência do partido, afastando-o do cargo ocupado interinamente por Tasso.

"Só ouvi falar disso, mas imagino que isso não tenha importância para o PSDB. E não acredito que o Aécio participaria de uma discussão dessas", disse Tasso.

Aécio se licenciou da presidência do PSDB após ter sido flagrado em uma gravação - também feita por Joesley Batista - na qual combinava o recebimento de R$ 2 milhões, posteriormente entregues a Frederico Pacheco.

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