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Tarcísio fala em transferir centro administrativo de SP para área da Cracolândia

Para o pré-candidato ao governo paulista, repotencializar o centro da cidade é um caminho para "acabar com a Cracolândia"

Tarcísio de Freitas: o pré-candidato disse que não teria problemas em se relacionar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso vença a corrida estadual e o petista, a presidencial (Alberto Ruy/MInfra/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de junho de 2022 às 13h10.

Última atualização em 2 de junho de 2022 às 13h26.

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como pré-candidato ao governo de São Paulo,defendeu na noite desta quarta-feira, dia 1º, a proposta de transferir o centro administrativo de São Paulo para a região da Cracolândia. Para ele, repotencializar o centro da cidade é um caminho para "acabar com a Cracolândia".

"Não tem nada melhor para revitalizar o centro de São Paulo do que levar o Poder para o centro de São Paulo. Um movimento que algumas unidades da federação já fizeram: concentraram toda a atividade de Poder no mesmo lugar. Imagina se isso fosse feito onde hoje é a Cracolândia? Se o Poder tiver lá as pessoas voltam a circular, a segurança pública é reforçada, a atividade comercial vem, a vida volta, os terrenos valorizam e a gente volta à normalidade", disse o ex-ministro.

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O discurso foi feito durante um debate promovido pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).

Tarcísio de Freitas também disse que não teria problemas em se relacionar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso vença a corrida estadual e o petista, a presidencial. Tarcísio disse ainda que a eleição nacional será disputada por "dois titãs" e destacou a importância de governar "para todos" e de pacificar o País.

"A gente vai sim enfrentar uma eleição polarizada, a gente está vendo isso e a tendência de que a eleição estadual federalize é gigantesca. São dois titãs se enfrentando em uma eleição. Algo que nós nunca passamos. Um ex-presidente, um atual presidente. Os dois maiores líderes políticos da história recente do Brasil. Duas pessoas que têm conexão direta com o povo", afirmou na noite desta quarta-feira.

"Mas, passada a eleição, acabou. Aí você tem de governar para todos", completou o ex-ministro. "No final das contas o beneficio vai chegar para a ponta e você vai olhar para todos, para quem é de esquerda, para quem é de direita. A gente tem de pacificar o País", afirmou ao ser questionado sobre a dificuldade de governar diante de um cenário polarizado.

Tarcísio foi diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de 2012 a 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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