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Tamanho dos atos surpreende governo

O Planalto avaliava que o dia de protestos poderia ser maior do que os últimos três, mas nunca na dimensão registrada ontem

A presidente Dilma Rousseff: "a liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada" (Mario Tama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 09h09.

Brasília - O governo se surpreendeu com a multidão que ocupou as ruas em todo o País. O protesto deste domingo, 13, bateu recorde de público na comparação com os demais realizados no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff .

A presidente, que passou o domingo no Palácio da Alvorada acompanhando as mobilizações, reuniu um grupo de ministros ao longo da tarde e início da noite para definir a estratégia a ser adotada pelo governo como reação às manifestações .

O Planalto avaliava que o dia de protestos poderia ser maior do que os últimos três, mas nunca na dimensão registrada ontem.

Por volta das 20h, a Presidência divulgou uma nota sucinta, de quatro linhas, na qual destacou o "caráter pacífico das manifestações", que demonstra a "maturidade de um País que sabe conviver com opiniões divergentes e garantir respeito às leis e às instituições".

"A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada", diz o texto divulgado.

O governo federal teme que os atos fortaleçam o processo de impeachment da presidente, que deve ser retomado pelo Congresso Nacional ainda nesta semana.

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já avisou a parlamentares que a Casa pretende retomar o processo de impedimento da presidente assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento sobre o rito do impeachment, o que está previsto para acontecer na próxima quarta-feira.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) fizeram ontem o balanço do dia e discutiram com Dilma os próximos passos do governo.

Até o final da última semana, o governo avaliava que os atos de ontem seriam maiores que os três últimos, no rastro da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) e da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no depoimento à Polícia Federal.

O monitoramento feito pelo Palácio do Planalto não indicava, porém, que as adesões poderiam superar as dos protestos de março de 2015.

Dilma se preocupa com o esfacelamento da base aliada, depois do aviso prévio dado pelo PMDB ao governo. Na convenção nacional de sábado, 12, o partido definiu prazo de 30 dias para discutir o desembarque oficial da gestão petista e a entrega de cargos atualmente ocupados.

Até lá, peemedebistas ficaram impedidos de assumir novos postos no governo federal. Muitos no Planalto falam na necessidade de uma "concertação", sem indicativos concretos de como a ideia pode sair do papel.

Pacto

Em conversas reservadas, interlocutores da presidente Dilma dizem que é preciso viabilizar um pacto nacional para o País sair da crise, mas ainda não conseguem definir os próximos passos a serem dados nesse sentido.

"A situação é muito difícil", disse um ministro ao jornal O Estado de S. Paulo. "Os problemas não são poucos e matamos muitos leões por dia. Mas achamos que nem todos os caminhos estão interrompidos", analisou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - O governo se surpreendeu com a multidão que ocupou as ruas em todo o País. O protesto deste domingo, 13, bateu recorde de público na comparação com os demais realizados no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff .

A presidente, que passou o domingo no Palácio da Alvorada acompanhando as mobilizações, reuniu um grupo de ministros ao longo da tarde e início da noite para definir a estratégia a ser adotada pelo governo como reação às manifestações .

O Planalto avaliava que o dia de protestos poderia ser maior do que os últimos três, mas nunca na dimensão registrada ontem.

Por volta das 20h, a Presidência divulgou uma nota sucinta, de quatro linhas, na qual destacou o "caráter pacífico das manifestações", que demonstra a "maturidade de um País que sabe conviver com opiniões divergentes e garantir respeito às leis e às instituições".

"A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada", diz o texto divulgado.

O governo federal teme que os atos fortaleçam o processo de impeachment da presidente, que deve ser retomado pelo Congresso Nacional ainda nesta semana.

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já avisou a parlamentares que a Casa pretende retomar o processo de impedimento da presidente assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento sobre o rito do impeachment, o que está previsto para acontecer na próxima quarta-feira.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) fizeram ontem o balanço do dia e discutiram com Dilma os próximos passos do governo.

Até o final da última semana, o governo avaliava que os atos de ontem seriam maiores que os três últimos, no rastro da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) e da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no depoimento à Polícia Federal.

O monitoramento feito pelo Palácio do Planalto não indicava, porém, que as adesões poderiam superar as dos protestos de março de 2015.

Dilma se preocupa com o esfacelamento da base aliada, depois do aviso prévio dado pelo PMDB ao governo. Na convenção nacional de sábado, 12, o partido definiu prazo de 30 dias para discutir o desembarque oficial da gestão petista e a entrega de cargos atualmente ocupados.

Até lá, peemedebistas ficaram impedidos de assumir novos postos no governo federal. Muitos no Planalto falam na necessidade de uma "concertação", sem indicativos concretos de como a ideia pode sair do papel.

Pacto

Em conversas reservadas, interlocutores da presidente Dilma dizem que é preciso viabilizar um pacto nacional para o País sair da crise, mas ainda não conseguem definir os próximos passos a serem dados nesse sentido.

"A situação é muito difícil", disse um ministro ao jornal O Estado de S. Paulo. "Os problemas não são poucos e matamos muitos leões por dia. Mas achamos que nem todos os caminhos estão interrompidos", analisou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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