Brasil

Suspeito de jogar vaso tem 2 ordens de prisão preventiva

A informação foi dada no início desta tarde pelo advogado de Everton Felipe Santiago de Santana, Adélson José da Silva


	Estádio do Arruda: uma pena foi por agressão após jogo e outra por porte ilegal de arma
 (Wikimedia Commons)

Estádio do Arruda: uma pena foi por agressão após jogo e outra por porte ilegal de arma (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 16h41.

Recife - Suspeito de ter arrancado e atirado uma bacia sanitária que matou um torcedor do Sport, na sexta-feira, o auxiliar de serviços gerais Everton Felipe Santiago de Santana, 23 anos, tem agora duas ordens de prisão preventiva decretadas: uma pela agressão ocorrida após o jogo Santa Cruz x Paraná, no Estádio do Arruda, pelo juiz da 2.ª Vara da Capital, Jorge Luiz dos Santos Henrique, e outra por porte ilegal de arma, assinada pelo juiz José Saraiva da primeira vara de Olinda.

A informação foi dada no início desta tarde pelo advogado de Everton, Adélson José da Silva.

Ele oficializou o pedido de relaxamento da prisão do rapaz, nesta quarta-feira, na 2.ª Vara do Júri da Capital, questionando a ilegalidade da prisão em flagrante realizada pela polícia na segunda-feira.

Segundo o advogado, o flagrante só pode ser feito em 24 horas e o rapaz foi preso três dias depois do crime.

"Ele só poderia ser preso caso um juiz decretasse sua prisão preventiva ou temporária".

De acordo com Adélson, o juiz reconheceu seu argumento, mas ponderou se tratar de um caso de ordem pública, com o agravante de o preso responder a processo por porte ilegal de arma.

O processo do porte de arma é de dezembro de 2012, mas estava parado há um ano.

Mudança de depoimento

Depois de ter afirmado em entrevistas que Everton havia confessado ter arrancado e atirado a bacia sanitária que matou Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, o advogado adotou um discurso diferente, depois de ter conversado nesta terça-feira, com seu cliente.

"Ele admite ter arrancado os vasos sanitários do banheiro, mas foram os dois outros rapazes que o acompanhavam que os arremessaram da arquibancada", afirmou Silva ao Estado.

"Eu disse que Everton havia confessado o crime com base nas informações que recebí na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), mas eu não havia acompanhado todo o depoimento".

O advogado ainda não sabe se irá entrar com um pedido de habeas corpus na tentativa de liberar o rapaz.

"Somente depois de falar com a família vamos avaliar se vale a pena", disse ele, sem acreditar que ele possa ser solto.

Everton foi preso na segunda-feira a partir de uma informação dada ao Disque Denúncia.

Levado ao DHPP, ele prestou depoimento e em seguida foi transferido para o presídio Cotel, no município metropolitano de Abreu e Lima, onde está em uma cela isolada, com outros 11 presos acusados de estupro ou de agressão aos pais.

O objetivo é evitar que ele seja alvo de violência por parte de outros presos.

Integrante da torcida organizada do Santa Cruz, a Inferno Coral, Everton Felipe Santiago de Santana disse ter agido com outros dois rapazes - um conhecido da torcida organizada e outro que conheceu na hora.

Após o empate do jogo do seu clube com o Paraná, pela Série B, eles arrancaram duas bacias sanitárias do banheiro feminino e atiraram da arquibancada para o lado externo do estádio, em direção à torcida adversária que deixava o local

A polícia continua no encalço dos outros dois envolvidos.

A delegada titular da DHPP, Gleide Ângelo, não fala com a imprensa e a Secretaria Estadual de Defesa Social só vai se pronunciar quando o caso estiver concluído.

As investigações correm sob sigilo.

Acompanhe tudo sobre:Crimecrime-no-brasilEsportesEstádiosFutebolPrisões

Mais de Brasil

Ministério Público vai apurar acidente de avião em Ubatuba

'Presidente quer fazer eventuais mudanças ainda este mês', diz Rui Costa sobre reforma ministerial

Prefeito de BH, Fuad Noman volta a ser entubado após apresentar instabilidade respiratória

Lula edita MP que prevê pagamento de R$ 60 mil a pessoas com deficiência causada pelo zika vírus