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Suplente foi segundo maior doador na campanha de Demóstenes

Wilder Morais foi casado com Andressa Mendonça, atual mulher do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira

O senador cassado Demóstenes Torres: ainda não há data marcada para a posse de Wilder Morais no Senado (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O senador cassado Demóstenes Torres: ainda não há data marcada para a posse de Wilder Morais no Senado (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 16h18.

Brasília – O empresário Wilder Pedro de Morais, que assumirá a vaga de senador por Goiás em substituição a Demóstenes Torres, é dono da Orca Construtora e de shopping centers em Anápolis e em Goiânia. De acordo com a Justiça Eleitoral, primeiro suplente na coligação que elegeu Demóstenes, o empresário doou R$ 700 mil para a campanha do senador em 2010. Com tal valor, Wilder aparece como segundo maior doador de campanha do senador, cujo mandato foi cassado hoje (11) por 56 votos a 19.

Wilder Morais foi casado com Andressa Mendonça, atual mulher do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Foi por causa da relação estreita com Cachoeira, flagrada em diálogos gravados pela Polícia Federal, que Demóstenes Torres perdeu o mandato, acusado de quebra de decoro parlamentar.

Demóstenes chegou a citar o suplente no depoimento que deu no Conselho de Ética. Ao caracterizar sua amizade com Cachoeira, Demóstenes disse que ele discutiam problemas conjugais, que culminaram com a separação de Andressa e Wilder Morais.

Cachoeira está preso desde fevereiro deste ano por suspeita de liderar a organização criminosa que atuava no Centro-Oeste e é alvo de investigação da Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo.

Ainda não há data marcada para a posse de Wilder Morais no Senado. Ele não acompanhou a sessão de hoje, que decidiu pela cassação do mandato de Demóstenes, que torna-se inelegível por oito anos contados, a partir do fim do mandato, ou seja, fevereiro de 2019. Demóstenes só poderá poderá concorrer a um cargo político nas eleições de 2028.

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