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Sul-americanos no Brics reforça aliança do Brasil com região

Os doze países da América do Sul participam das discussões dos Brics, no Palácio Itamaraty, em Brasília


	A presidente Dilma Rousseff durante a VI Cúpula dos BRICS: países sul-americanos participam das discussões nesta quarta
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff durante a VI Cúpula dos BRICS: países sul-americanos participam das discussões nesta quarta (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 13h57.

Brasília - A presença dos líderes sul-americanos no segundo dia da 6ª Reunião Cúpula do Brics ameniza possíveis indisposições regionais provocadas por rumores de que o Brasil estaria se afastando do continente e priorizando negociações e acordos com o bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Hoje (16), os doze países da América do Sul participam das discussões, no Palácio Itamaraty, em Brasília. O encontro começou com atraso de uma hora, em função do atraso de algumas delegações.

A sessão de trabalho que ocorre a portas fechadas criou ambiente para que líderes da Argentina, Colômbia, Venezuela e Bolívia, por exemplo, manifestem anseios e demandas prioritárias no cenário internacional.

Alguns minutos antes da reunião, a presidenta Dilma Rousseff declarou que a intenção era replicar o modelo do encontro na África do Sul. “Fizemos a reunião com países africanos e faremos aqui com países da Unasul, que também é muito importante para o relacionamento com o Brics”, explicou.

Os países da América do Sul não têm, por exemplo, perspectiva de serem beneficiados diretamente pela principal medida aprovada na cúpula do Brics. A criação do Banco de Desenvolvimento do Brics, formalizada em Fortaleza, só deve impactar a região sul-americana a longo prazo. Projetos priorizados por Brasil, Rússia, Índia e China podem repercutir, indiretamente, nas economias de todos os vizinhos brasileiros.

Dilma reforçou a previsão de que, num primeiro momento, os países que não compõem o bloco não poderão se beneficiar diretamente da instituição recém-criada, mas “quero dizer que o banco sequer foi formado. Sempre olharemos com muita generosidade os nossos empréstimos. Eles serão feitos com padrão de boa gestão. Ninguém vai sair por aí [emprestando] nem é este o papel do banco do Brics. De fato ele [o banco] reflete um mundo mais multipolar”, declarou a presidenta.

Na prática, as operações do banco não devem impactar imediatamente nem mesmo o bloco, já que os empréstimos só devem estar disponíveis em dois anos, depois que os parlamentos de cada um dos quatro países aprovar a criação e as regras da instituição.

Às 13h30, a presidenta Dilma Rousseff oferece um almoço em homenagem aos chefes de Estado que participam do encontro e à noite, com o fim da Cúpula do Brics, os líderes devem participar de um coquetel oferecido pelo governo brasileiro no Itamaraty.

Amanhã, o Itamaraty segue com a agenda de encontros com líderes que ainda permanecerão em território brasileiro. Além dos sul-americanos, o trabalho será ampliado com os representantes do Quarteto da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), formado por Chile, Antígua Barbuda, Cuba e Costa Rica.

*Colaboraram Danilo Macedo, Ivan Richard e Ana Cristina Campos

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