Sucesso do Brasil depende da desburocratização, diz Orlando Silva
Ministro dos Esportes participou do Exame Fórum e ressaltou que um dos maiores gargalos do país para a Copa e as Olimpíadas é a burocracia
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2011 às 12h16.
Rio de Janeiro - Antes de resolver os inúmeros problemas de infraestrutura até o início dos grandes eventos esportivos dos próximos anos, o Brasil precisa se livrar de um dos seus mais críticos gargalos, que é a burocracia. Para o ministro dos Esportes, Orlando Silva, simplificar o sistema de contratação de obras e serviços será "vital para conseguirmos concluir nosso esforço a tempo".
O ministro participou, nesta terça-feira, do Exame Fórum, realizado no Rio de Janeiro. O evento debate as oportunidades e necessidades da capital fluminense diante de eventos como a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a exploração do petróleo do pré-sal.
"Para que todos os investimentos se realizem, é preciso que o governo tome medidas desburocratizadoras, simplificando nossos processos de licitação pública", disse o ministro. Segundo ele, a legislação do sistema de compras no Brasil permite uma eterna perpetuação do processo, porque dá margem para muitos recursos por parte das empresas derrotadas.
Orlando Silva enfatizou a urgência das mudanças. "Os eventos têm data marcada. A Infraero, por exemplo, informou o Ministério que se decidir hoje reformar um aeroporto, leva em média três anos para contratar os serviços da obra. Para que a reforma seja concluída, são necessários outros dois anos. Foram cinco anos para fazer algo que é uma necessidade imediata do país", afirmou.
Ainda de acordo com o ministro, é preciso investir no aumento da transparência dos processos. "A sociedade está exigente quanto à clareza por parte do governo com o quanto e em que se gasta. Mas sou otimista com relação a isto por causa da harmonia que existe entre os governos federal, estadual e municipal. O renascimento do Rio de Janeiro tem a ver com esta integração e atitudes políticas do governador Sérgio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes. Esta é a hora do Rio de Janeiro", concluiu.
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