Raymond Whelan: Whelan é suspeito por integrar esquema de venda ilegal de ingressos (AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 16h20.
Rio de Janeiro - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça-feira a libertação de Raymond Whelan, diretor da Match, empresa ligada à Fifa, acusado de envolvimento em um esquema ilegal de venda de ingressos durante a Copa do Mundo realizada até o mês passado no Brasil.
Em sua decisão, Marco Aurélio afirmou que a prisão preventiva a que Whelan estava submetido não se justifica, já que ainda não está provada a culpa do executivo.
Para o ministro, o fato de Whelan ser estrangeiro também não é motivo para mantê-lo preso, já que ele entregou seu passaporte à Justiça.
"Imputação, simples imputação, não respalda a preventiva", escreveu Marco Aurélio em sua decisão.
Whelan foi preso no dia 7 de julho acusado de atuar como facilitador em um esquema ilegal de venda de ingressos da Copa do Mundo que, segundo a polícia, já atuou em outros Mundiais e pretendia arrecadar cerca de 200 milhões com a venda ilegal de ingressos durante a Copa no Brasil.
O diretor da Match, principal fornecedora de pacotes de viagem para o Mundial, chegou a receber liberdade provisória da Justiça e foi solto após o pagamento de fiança.
Ele, no entanto, teve novamente a prisão decretada no dia 10 de julho e, após a polícia não encontrá-lo no Copacabana Palace, hotel em que estava hospedado, chegou a ser considerado foragido.
Depois de negociações com os advogados de defesa, o executivo se entregou à polícia. Ele está detido no complexo de presídios de Bangu e deve ser solto nas próximas horas.