Brasil

STF decide hoje se contrato intermitente, criado com a reforma trabalhista, é constitucional

Julgamento está empatado, com dois votos a dois, sobre a constitucionalidade do modelo

Sala de escritório (Divulgação/Getty Images)

Sala de escritório (Divulgação/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 21 de agosto de 2024 às 06h54.

Última atualização em 21 de agosto de 2024 às 06h59.

Tudo sobreReforma trabalhista
Saiba mais

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode retomar nesta quarta-feira, 21, o julgamento de três ações que discutem a validade do contrato intermitente, estabelecido pela reforma trabalhista de 2017. O caso é o terceiro item da pauta do dia.

O placar atual é de dois votos a dois. O relator é o ministro Edson Fachin, que em 2020 votou para declarar essa modalidade de trabalho inconstitucional, por avaliar que ela deixa o trabalhador em situação vulnerável. Os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes divergiram.

Em 2022, o julgamento foi retomado no plenário virtual com o voto da ministra Rosa Weber (hoje aposentada), acompanhando Fachin com ressalvas. André Mendonça pediu destaque, o que interrompeu a análise e a levou de forma ao plenário físico.

As ações foram apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e por federações dos empregados em postos de combustível (Fenepospetro) e de trabalhadores de empresas de telecomunicações (Fenattel).

Instituído pela reforma trabalhista de 2017, o contrato de trabalho intermitente ocorre quando há uma alternância entre períodos de prestação de serviço e de inatividade — o funcionário pode, por exemplo, trabalhar somente em dias específicos. É preciso, contudo, ser estabelecido por contrato, inclusive com o valor da hora de trabalho, que não pode ser mais baixo do que uma hora do salário-mínimo.

O primeiro item da pauta do STF é uma discussão sobre a autonomia administrativa e financeira dos Ministérios Públicos de Contas do Pará, que começou na semana passada. O segundo processo discute o decreto presidencial que retirou o Brasil de uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que não permite a demissão sem justa causa de um empregado.

Acompanhe tudo sobre:Reforma trabalhistaSupremo Tribunal Federal (STF)Jornada de trabalho

Mais de Brasil

Operação regular das Bets pode gerar receita de até R$ 3 bilhões ao governo em 2024

Nova frente fria derruba temperaturas em SP no fim de semana; veja previsão

Concurso Nacional Unificado (CNU): candidatos têm até hoje para contestar gabarito; saiba como

Ministro de Minas e Energia critica inércia da Aneel e cogita intervenção

Mais na Exame