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STF adia julgamento de liminar que autorizou prisão domiciliar a Maluf

Avaliação do habeas corpus de Antonio Palocci tomou todo o tempo da sessão do tribunal, que pode avaliar liminar na semana que vem

Maluf: liminar concedida por ministro Dias Toffoli em março considera que graves problemas de saúde do deputado impedem prisão regular (Adriano Machado/Reuters)

Maluf: liminar concedida por ministro Dias Toffoli em março considera que graves problemas de saúde do deputado impedem prisão regular (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de abril de 2018 às 18h35.

Última atualização em 12 de abril de 2018 às 18h36.

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento que vai analisar decisão liminar do ministro Dias Toffoli, que concedeu, no dia 28 de março, prisão domiciliar ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Na decisão, o ministro entendeu que exames protocolados pelos advogados do deputado mostram que Maluf passa por graves problemas de saúde e não pode continuar na prisão. O habeas corpus poderá ser analisado na próxima semana.

O caso estava previsto na pauta de julgamento desta tarde, mas não foi analisado porque a questão do habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci tomou todo o tempo da sessão.

Maluf foi condenado no ano passado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e nove meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido propina em contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS quando era prefeito de São Paulo (1993-1996). Os recursos foram desviados da construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho, de acordo com a denúncia. O custo total da obra foi cerca de R$ 800 milhões.

As investigações se arrastaram por mais de 10 anos desde a instauração do primeiro inquérito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procuradores responsáveis pelo caso estimaram em US$ 170 milhões a movimentação total de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado federal.

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