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SP mudará nomes de ruas que lembram agentes da ditadura

Ações fazem parte do programa Ruas da Memória para mudar o nome de mais 22 ruas e avenidas que fazem menção a agentes ou figuras-chave da ditadura

Elevado Costa e Silva, o Minhocão: além das ruas e viadutos, serão discutidos nomes de escolas que remetem a personagens da ditadura (Carlos Severo/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 17h56.

São Paulo - A prefeitura de São Paulo vai substituir nomes de ruas que homenageiam agentes da ditadura militar, a começar pelo Viaduto 31 de Março (referência ao golpe de 1964),  localizado na região central da cidade que passará a ser Viaduto Thereza Zerbini, em honra à ativista que lutou pela anistia de perseguidos pelo regime.

O projeto de lei que altera a denominação do viaduto foi encaminhado hoje (13) à Câmara Municipal. Outro projeto, também enviado à Câmara Municipal, impede novas homenagens a violadores dos direitos humanos.

As ações fazem parte do programa Ruas da Memória para mudar o nome de mais 22 ruas e avenidas que fazem menção a agentes ou figuras-chave da ditadura .

De acordo com a coordenadora de Direito à Memória e à Verdade da prefeitura, Carla Borges, serão substituídos “nomes de torturadores e pessoas que não simbolizam o que a gente acredita que são os valores de uma sociedade que se pretenda efetivamente democrática”.

A ideia não é simplesmente remover as homenagens ao regime, mas trabalhar as memórias ligadas à repressão com os moradores das regiões em que se propõe as alterações.

“Queremos utilizar o programa como uma oportunidade de levar o debate sobre a memória e a verdade para os diversos territórios da cidade”, explicou Carla.

A partir das violações cometidas no passado, a idéia é também discutir os reflexos no presente.

“Conversar com esses moradores sobre o que foi a ditadura, o que significa o legado autoritário. O que significa a violência de Estado ainda hoje, manifestada principalmente na violência contra jovens negros de periferia pela ação da polícia”, acrescentou a coordenadora.

Na região do Grajaú, extremo sul da capital, houve um encontro de saraus para debater a alteração do nome da Avenida Golbery do Couto e Silva. O general foi chefe da Casa Civil nos governos ditatoriais de  Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo.

“Foi um encontro de saraus, valorizando os artistas locais da zona sul, para juntos pensarmos qual seria o nome mais adequado; se eles sabiam quem era Golbery e se tinham sugestões de pessoas que promoveram direitos humanos na região”, ressaltou Carla.

A partir da conversa, foi encaminhado um projeto para que a via passe a se chamar Padre José Pegoraro.

Além das ruas e viadutos, serão discutidos os nomes de 15 escolas e cinco ginásios que remetem a personagens do regime militar.

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São Paulo - A prefeitura de São Paulo vai substituir nomes de ruas que homenageiam agentes da ditadura militar, a começar pelo Viaduto 31 de Março (referência ao golpe de 1964),  localizado na região central da cidade que passará a ser Viaduto Thereza Zerbini, em honra à ativista que lutou pela anistia de perseguidos pelo regime.

O projeto de lei que altera a denominação do viaduto foi encaminhado hoje (13) à Câmara Municipal. Outro projeto, também enviado à Câmara Municipal, impede novas homenagens a violadores dos direitos humanos.

As ações fazem parte do programa Ruas da Memória para mudar o nome de mais 22 ruas e avenidas que fazem menção a agentes ou figuras-chave da ditadura .

De acordo com a coordenadora de Direito à Memória e à Verdade da prefeitura, Carla Borges, serão substituídos “nomes de torturadores e pessoas que não simbolizam o que a gente acredita que são os valores de uma sociedade que se pretenda efetivamente democrática”.

A ideia não é simplesmente remover as homenagens ao regime, mas trabalhar as memórias ligadas à repressão com os moradores das regiões em que se propõe as alterações.

“Queremos utilizar o programa como uma oportunidade de levar o debate sobre a memória e a verdade para os diversos territórios da cidade”, explicou Carla.

A partir das violações cometidas no passado, a idéia é também discutir os reflexos no presente.

“Conversar com esses moradores sobre o que foi a ditadura, o que significa o legado autoritário. O que significa a violência de Estado ainda hoje, manifestada principalmente na violência contra jovens negros de periferia pela ação da polícia”, acrescentou a coordenadora.

Na região do Grajaú, extremo sul da capital, houve um encontro de saraus para debater a alteração do nome da Avenida Golbery do Couto e Silva. O general foi chefe da Casa Civil nos governos ditatoriais de  Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo.

“Foi um encontro de saraus, valorizando os artistas locais da zona sul, para juntos pensarmos qual seria o nome mais adequado; se eles sabiam quem era Golbery e se tinham sugestões de pessoas que promoveram direitos humanos na região”, ressaltou Carla.

A partir da conversa, foi encaminhado um projeto para que a via passe a se chamar Padre José Pegoraro.

Além das ruas e viadutos, serão discutidos os nomes de 15 escolas e cinco ginásios que remetem a personagens do regime militar.

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