Sarampo: segundo a secretaria, são consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabete e hipertensão, (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de outubro de 2019 às 09h35.
Última atualização em 3 de outubro de 2019 às 09h35.
São Paulo — A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira, 2, mais quatro mortes por sarampo no Estado, totalizando nove óbitos causados pela doença neste ano em território paulista. De acordo com novo boletim epidemiológico da pasta, o número de infecções pela doença chegou a 5.411, mais da metade (59%) na capital paulista.
Entre as novas vítimas fatais da doença estão um bebê do sexo feminino, com 11 meses e não vacinada; uma mulher de Itanhaém, de 46 anos, com condições de risco; uma mulher de Francisco Morato, de 59 anos, sem registro de vacinação; e um homem de Osasco, de 25 anos, também sem histórico de imunização. Anteriormente, já haviam sido confirmadas quatro mortes na capital e uma em Osasco.
Segundo a secretaria, são consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabete e hipertensão, e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção pelo sarampo e ao desenvolvimento de complicações da doença.
O cenário fez a secretaria anunciar duas novas campanhas de vacinação. A primeira será iniciada já na próxima segunda-feira, 7, e terá como público-alvo crianças de 6 meses a 5 anos que ainda não foram imunizadas. A campanha vai até 25 de outubro e terá no sábado, dia 19, seu "Dia D", ou seja, quando os postos de saúde abrem aos sábados para a ação.
Já entre 18 e 30 de novembro, será a vez dos jovens de 20 a 29 anos entrarem como alvos de nova campanha. Esse grupo poderá receber a dose da tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) ou da dupla viral (sarampo e rubéola), conforme a indicação do profissional de saúde.
Na faixa etária de 1 a 29 anos, a recomendação é que a pessoa tome duas doses da vacina, com intervalo mínimo de 30 dias entre uma dose e outra.
No caso dos bebês de 6 meses a 1 ano, a dose dada está sendo aplicada apenas por causa da situação de surto e não será contabilizada na caderneta de vacinação. Ou seja, mesmo que a criança seja vacinada, terá que voltar ao posto quando completar um ano para receber as doses de rotina.