SP aumenta policiamento contra protestos do Passe Livre
Diferentemente da última manifestação, na sexta-feira (8), o policiamento hoje é ostensivo
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 18h56.
São Paulo - Manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL) iniciaram no fim da tarde de hoje (12) o segundo ato de protesto contra o aumento do transporte coletivo público em São Paulo.
Desde o dia 9, as passagens do metrô e trens estaduais e dos ônibus municipais,passaram de R$ 3,50 para R$ 3,80. Diferentemente da última manifestação, na sexta-feira (8), o policiamento hoje é ostensivo.
Cordões de policiais cercam o local da concentração do ato, na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista. Há um único acesso liberado à praça, pela Rua da Consolação.
Nas ruas próximas, há policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) com metralhadoras. O policiamento , mesmo antes do início do ato, abordava e revistava pessoas que saíam da estação Paulista do Metrô.
Para o ativista Mário Constantino, do Movimento Rua Juventude Anti-Capitalista, a mobilização de 2016 tem possibilidade de ganhar corpo.
“Em 2015, as manifestações ocorreram em meio ao passe livre para estudantes e à construção de corredores de ônibus. Havia um cenário desfavorável para mobilizar as pessoas. Em 2016, a situação é diferente. O cenário não é tão desfavorável. Se as manifestações vão se massificar ou não, está em aberto.”
A última manifestação foi dispersada por volta das 19h30, depois de a Polícia Militar entrar em confronto com os manifestantes no início da Avenida 23 de Maio, na região central da capital.
O local transformou-se em campo de batalha, com a polícia jogando bombas de gás e disparando contra a multidão. Alguns manifestantes arremessaram garrafas e pedras nos policiais.
A maior parte dos participantes do ato dispersou pelas ruas próximas ao Terminal Bandeira, no centro da cidade.
Até às 15h30 de hoje, Guilherme Perissé, advogado de três manifestantes presos sexta-feira, não tinha conseguido acesso aos autos do processo.
“O que me causa espécie é que havia um juiz para definir prisão às 4 horas da manhã [madrugada do sábado]. Não consigo falar com um juiz para analisar o caso deles. Consegui o número do processo deles só agora”, disse Parissé, que está no Fórum Criminal da Barra Funda. Ele faz parte do grupo Advogados Ativistas.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, responsável pelos ônibus municipais, e a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo transporte dos metrôs e trens estaduais, o reajuste ficou abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste, em 6 de janeiro de 2015.
A inflação acumulada neste período foi de 10,49%, enquanto o aumento das tarifas foi estipulado em 8,57% para o bilhete unitário.
A tarifa de integração entre ônibus e trilhos [metrô e trens] passarão de R$ 5,45 para R$ 5,92. Já os bilhetes temporais 24 horas, madrugador, da hora, semanal e mensal terão seus preços mantidos.
De acordo com as secretarias, “mais da metade dos usuários do sistema de transportes (53%) não será impactada pela mudança na tarifa unitária porque são beneficiários de gratuidades, usam bilhetes temporais que não terão aumento ou são trabalhadores que já pagam o limite legal de 6% do salário para o vale-transporte".
São Paulo - Manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL) iniciaram no fim da tarde de hoje (12) o segundo ato de protesto contra o aumento do transporte coletivo público em São Paulo.
Desde o dia 9, as passagens do metrô e trens estaduais e dos ônibus municipais,passaram de R$ 3,50 para R$ 3,80. Diferentemente da última manifestação, na sexta-feira (8), o policiamento hoje é ostensivo.
Cordões de policiais cercam o local da concentração do ato, na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista. Há um único acesso liberado à praça, pela Rua da Consolação.
Nas ruas próximas, há policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) com metralhadoras. O policiamento , mesmo antes do início do ato, abordava e revistava pessoas que saíam da estação Paulista do Metrô.
Para o ativista Mário Constantino, do Movimento Rua Juventude Anti-Capitalista, a mobilização de 2016 tem possibilidade de ganhar corpo.
“Em 2015, as manifestações ocorreram em meio ao passe livre para estudantes e à construção de corredores de ônibus. Havia um cenário desfavorável para mobilizar as pessoas. Em 2016, a situação é diferente. O cenário não é tão desfavorável. Se as manifestações vão se massificar ou não, está em aberto.”
A última manifestação foi dispersada por volta das 19h30, depois de a Polícia Militar entrar em confronto com os manifestantes no início da Avenida 23 de Maio, na região central da capital.
O local transformou-se em campo de batalha, com a polícia jogando bombas de gás e disparando contra a multidão. Alguns manifestantes arremessaram garrafas e pedras nos policiais.
A maior parte dos participantes do ato dispersou pelas ruas próximas ao Terminal Bandeira, no centro da cidade.
Até às 15h30 de hoje, Guilherme Perissé, advogado de três manifestantes presos sexta-feira, não tinha conseguido acesso aos autos do processo.
“O que me causa espécie é que havia um juiz para definir prisão às 4 horas da manhã [madrugada do sábado]. Não consigo falar com um juiz para analisar o caso deles. Consegui o número do processo deles só agora”, disse Parissé, que está no Fórum Criminal da Barra Funda. Ele faz parte do grupo Advogados Ativistas.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, responsável pelos ônibus municipais, e a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo transporte dos metrôs e trens estaduais, o reajuste ficou abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste, em 6 de janeiro de 2015.
A inflação acumulada neste período foi de 10,49%, enquanto o aumento das tarifas foi estipulado em 8,57% para o bilhete unitário.
A tarifa de integração entre ônibus e trilhos [metrô e trens] passarão de R$ 5,45 para R$ 5,92. Já os bilhetes temporais 24 horas, madrugador, da hora, semanal e mensal terão seus preços mantidos.
De acordo com as secretarias, “mais da metade dos usuários do sistema de transportes (53%) não será impactada pela mudança na tarifa unitária porque são beneficiários de gratuidades, usam bilhetes temporais que não terão aumento ou são trabalhadores que já pagam o limite legal de 6% do salário para o vale-transporte".