SP antecipa intervalo da vacina da Pfizer de 12 para 8 semanas
A nova regra vale a partir da próxima sexta-feira, 24, e a orientação é para que as pessoas só busquem o posto de saúde a partir deste dia
Gilson Garrett Jr
Publicado em 22 de setembro de 2021 às 12h47.
O governo de São Paulo decidiu antecipar o intervalo da aplicação da vacina da Pfizer/BioNTech de 12 para 8 semanas. A nova regra vale a partir da próxima sexta-feira, 24, e a orientação é para que as pessoas só busquem o posto de saúde a partir deste dia. Serão enviadas mais de 2 milhões de doses para todos os municípios do estado.
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Outros estados, como Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, já estão fazendo a antecipação. Em agosto, o Ministério da Saúde decidiu mudar o intervalo para acelerar o ritmo de imunização. No mesmo anúncio, foi determinada ainda a dose de reforço em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
A vacina da Pfizer usa a nova tecnologia chamada de genética do RNA mensageiro. Dentro do imunizante há uma proteína do coronavírus que estimula o corpo a produzir anticorpos e impedir a infecção.
Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias e tem eficácia global de 95%. No Brasil, o Ministério da Saúde optou por usar com intervalo de três meses, o mesmo usado em outros países, como o Reino Unido.
Butantan entrega vacina a estados
O Instituto Butantan fez, nesta quarta-feira, 22, a primeira entrega direta de vacina contra a covid-19 a cinco estados. O lote com 2,5 milhões de doses será entregue ao Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Mato Grosso.
Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, os governadores reclamaram da falta de doses, que são enviadas pelo Ministério da Saúde. "O Programa Nacional de Imunizações tem uma defasagem com vários estados, é o caso do meu [Piauí]. Nós temos muita gente que precisam tomar a primeira e segunda doses", disse o governador Wellington Dias.
Na semana passada, o Ministério da Saúde, suspendeu a aplicação de vacina em adolescentes e alertou a estados para cumprirem o PNI. O ministro Marcelo Queiroga disse, na ocasião, que "não faltava doses", mas que as unidades federativas precisaram seguir o cronograma nacional.