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Sotaque caipira pode virar patrimônio de Piracicaba (SP)

Autores do projeto dizem que jeito de falar caracteriza moradores desde o século 18

Piracicaba: sotaque caipira pode virar patrimônio imaterial da cidade, após proposta passar por conselho e receber parecer em 20 dias. (Ana Paula Hirama/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 09h36.

Sorocaba - O jeito de falar acaipirado, puxando bastante o "erre", pode se tornar patrimônio imaterial de Piracicaba, no interior de São Paulo .

Um grupo de associações da "terra da pamonha" entrou com pedido no Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac) para que o falar "caipiracicabano" seja registrado como patrimônio do município.

A justificativa é de que o modo de falar caracteriza o morador de Piracicaba desde o século 18 e se tornou marca da identidade cultural da população.

O pedido foi protocolado no último dia 15, assinado por representantes de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP), Academia Piracicabana de Letras (APL), Associação Piracicabana e Artistas Plásticos (Apap) e Instituto Cecílio Elias Netto (Icen).

De acordo com o presidente do Codepac, Mauro Rontani, uma comissão formada por quatro conselheiros, entre eles historiadores e museólogos, deve elaborar em 20 dias um relatório com pareceres sobre o pedido.

O assunto será objeto de deliberação na próxima reunião do conselho, dia 13 de maio. Segundo Rontani, o relatório será submetido à votação e os conselheiros devem definir se o "caipiracicabano" pode se tornar patrimônio cultural como registro imaterial.

Ele mesmo acredita que a forma de falar já se tornou uma marca de Piracicaba. Após a conclusão do processo municipal, pode ser encaminhado um pedido de reconhecimento às instâncias estadual e federal.

"O caipiracicabano é extremamente enraizado, o 'erre' puxado remete à cidade e seu uso independe da posição social ou nível educacional", afirmou.

Livro

O jeito de falar do morador de Piracicaba já virou tema de um livro. A primeira edição do Dicionário Caipiracicabano, do jornalista Cecílio Elias Netto, foi lançada em 2001, trazendo frases e expressões publicadas desde 1987 na coluna 'Arco, Tarco e Verva', do jornal impresso 'A Província'.

Com seis edições lançadas, o dicionário traz mais de 600 verbetes explicativos sobre expressões típicas do piracicabano.

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Um grupo de associações da "terra da pamonha" entrou com pedido no Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac) para que o falar "caipiracicabano" seja registrado como patrimônio do município.

A justificativa é de que o modo de falar caracteriza o morador de Piracicaba desde o século 18 e se tornou marca da identidade cultural da população.

O pedido foi protocolado no último dia 15, assinado por representantes de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP), Academia Piracicabana de Letras (APL), Associação Piracicabana e Artistas Plásticos (Apap) e Instituto Cecílio Elias Netto (Icen).

De acordo com o presidente do Codepac, Mauro Rontani, uma comissão formada por quatro conselheiros, entre eles historiadores e museólogos, deve elaborar em 20 dias um relatório com pareceres sobre o pedido.

O assunto será objeto de deliberação na próxima reunião do conselho, dia 13 de maio. Segundo Rontani, o relatório será submetido à votação e os conselheiros devem definir se o "caipiracicabano" pode se tornar patrimônio cultural como registro imaterial.

Ele mesmo acredita que a forma de falar já se tornou uma marca de Piracicaba. Após a conclusão do processo municipal, pode ser encaminhado um pedido de reconhecimento às instâncias estadual e federal.

"O caipiracicabano é extremamente enraizado, o 'erre' puxado remete à cidade e seu uso independe da posição social ou nível educacional", afirmou.

Livro

O jeito de falar do morador de Piracicaba já virou tema de um livro. A primeira edição do Dicionário Caipiracicabano, do jornalista Cecílio Elias Netto, foi lançada em 2001, trazendo frases e expressões publicadas desde 1987 na coluna 'Arco, Tarco e Verva', do jornal impresso 'A Província'.

Com seis edições lançadas, o dicionário traz mais de 600 verbetes explicativos sobre expressões típicas do piracicabano.

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