Rio - O sonho da conquista de uma medalha de ouro, momento maior na vida de atletas de alto rendimento, está mexendo com o cotidiano carioca e mudando paisagens do Rio, sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A menos de dois anos da cerimônia de abertura, prevista para 5 de agosto de 2016, é frenético o movimento de pelo menos 5 mil operários no canteiro de obras do Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
Há ainda as adaptações no Parque de Deodoro e as construções de um legado urbano inédito na cidade, como o Porto Maravilha, dois túneis que ligam a zona sul com a zona oeste na estrutura de transporte dos modernos ônibus BRTs e a linha 4 do metrô, em um volume total de recursos de R$ 37,6 bilhões.
"A Olimpíada é transformadora", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes, principal tocador das obras dos Jogos no País. "Pequim, em 2008, gastou com os Jogos R$ 65 bilhões; Londres, em 2012, chegou a R$ 41,2 bilhões, dos quais o governo desembolsou R$ 33 bilhões", comparou o prefeito. Paes diz ainda que do total movimentado (R$ 37,6 bilhões), 57% é recurso de Parceria Público Privada (PPP). "Dinheiro de governo é 43%", ressaltou.
Segundo o prefeito do Rio, uma das marcas dos Jogos no Brasil "é que após a Olimpíada não haverá elefante branco". Os estádios permanentes vão virar centros de produção de atletas e algumas estruturas, como a handebol, da Barra, vão virar escolas.
Porém, no meio do formigueiro construtivo carioca, há um alerta vermelho. O velódromo, palco das provas de ciclismo, programado para estar pronto no final de 2015, ainda está no chão. Engenheiros do Parque Olímpico e o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Aroldo Cedraz de Oliveira, que acompanham a construção, se dizem preocupados com o atraso.
Além disso, o TCU aumentou a pressão sobre a empreitada e analisa recursos de empresas que perderam a licitação do velódromo, vencida pela construtora Tecnosolo em janeiro. O contrato é de R$ 118,8 milhões.
Um parecer do ministro Raimundo Carreiro (TCU) aceitou parte da representação das empresas Construtora Damiani, Jota Elle Construções Civis e DM Construtora de Obras, argumentando que foram detectados "indícios de inabilitação indevida e de exigências editalícias restritivas à competitividade".
E no documento Matriz de Responsabilidades do Ministério do Esporte e Prefeitura do Rio, painel geral de acompanhamento de todas as obras, o velódromo, projetado com um custo de R$ 112,9 milhões, mais R$ 5,9 milhões destinados à manutenção após a construção, está atrasado.
O prefeito do Rio discorda. E defende a Tecnosolo, a empresa que está sendo pressionada pela fiscalização por causa da dificuldade em acompanhar o ritmo das demais construções do parque da Barra da Tijuca. Paes afirma que o velódromo está em dia. "É uma obra que a gente olha com muita atenção. É uma construtora menor, que está em recuperação judicial", explicou, emendando que "não há indício de irregularidades com a empresa" e garantindo que a situação da Tecnosolo não afetará a obra. "Impacto zero", disse Paes.
Para o prefeito, "é uma empresa que, aparentemente, não tem um caixa muito forte. Então, é uma empresa que você não pode ficar atrasando liquidação de faturas. Mas eu acompanho isso semanalmente, com curvas de atraso e curvas de adiantamento. Eu sei quando está uma semana atrasada, duas semanas adiantada", afirmou. Na Tecnosolo, que está em recuperação judicial desde agosto de 2012, a informação é a de que não haverá atraso na entrega.
Visto no Ministério do Esporte como um parceiro exemplar na administração do canteiro olímpico no qual se transformou o Rio, o prefeito alega que no Parque de Deodoro também houve problemas. "A partir do momento em que iniciamos as obras, elas estão indo muito bem, com cronograma até um pouco antecipado. Mas vamos ficar atentos. As obras da prefeitura são 90% das coisas", declarou.
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1. Faltam 681 dias
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1/31 (Divulgação/Rio 2016)
São Paulo - Parece distante, mas 2016 já está logo ali. Ou pelo menos é essa a sensação que se tem olhando para o tanto que ainda há para ser feito antes do início das
Olimpíadas Rio 2016. É a primeira vez que os jogos serão realizados na América do Sul e depois da
Copa do Mundo, a expectativa é alta - tanto positiva (uma vez que os elogios foram muitos), quanto negativa (já que o atraso das obras fez o Brasil ouvir muitas críticas em relação ao seu desempenho como organizador de um invento desta magnitude). Veja a seguir as obras que estão sendo realizadas no
Rio de Janeiro para abrigar os 42 esportes que serão disputados por mais de 10 mil atletas.
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2. Parque Olímpico
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2/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
O que vai receber: 16 modalidades olímpicas (basquete, ciclismo de pista, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, luta greco-romana, luta livre, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, esgrima e tênis) e 10 paralímpicas (basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, golbol, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, vôlei sentado e tênis em cadeira de rodas). O Parque Olímpico também será o local do principal legado esportivo dos Jogos Rio 2016: o Centro Olímpico de Treinamento (COT), voltado para atletas de alto rendimento. Nas fotos a seguir você vê o andamento de cada uma das obras do Parque Olímpico.
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3. Três pavilhões esportivos (Parque Olímpico)
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3/31 (Divulgação/Rio 2016)
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4. Centro Internacional de Transmissão (Parque Olímpico)
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4/31 (Divulgação/ Rio 2016/ Alex Ferro)
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5. Arena de Handebol (Parque Olímpico)
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5/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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6. Centro Aquático (Parque Olímpico)
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6/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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7. Arena Rio (Parque Olímpico)
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7/31 (Michael Regan/Getty Images)
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8. Parque Aquático Maria Lenk (Parque Olímpico)
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8/31 (Michael Regan/Getty Images)
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9. Campo de Golfe
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9/31 (Divulgação/ EOM/ Renato Sette Camara)
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10. Rio Centro
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10/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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11. Velódromo
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11/31 (Divulgação/ Rio 2016)
* Imagem ilustrativa de como deve ficar o Velódromo após a conclusão das obras
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12. Complexo Esportivo de Deodoro
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12/31 (Divulgação/ SEPAN-ME)
O local será sede de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Como recebeu os Jogos Pan-americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011, já tem 60% das áreas de competição permanentes construídas. Após os Jogos Olímpicos, o circuito de canoagem slalom e a pista de BMX farão parte do Parque Radical, que será o legado esportivo do evento para a região. Com cerca de 500 mil metros quadrados, o parque será o segundo maior da cidade. Nas fotos a seguir você vê o andamento de cada uma das obras do Complexo Esportivo de Deodoro.
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13. Arena Deodoro (Complexo Deodoro)
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13/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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14. Centro de Tiro (Complexo Deodoro)
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14/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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15. Piscina do pentatlo moderno (Complexo Deodoro)
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15/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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16. Centro de Hipismo (Complexo Deodoro)
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16/31 (Divulgação/Cidade Olímpica)
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17. Pista de BMX (Complexo Deodoro)
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17/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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18. Circuito de canoagem slalom (Complexo Deodoro)
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18/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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19. Arena de rúgbi e combinado do pentatlo moderno (Complexo Deodoro)
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19/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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20. Centro de Hóquei Sobre Grama (Complexo Deodoro)
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20/31 (Wilson Dias/ABr - Agência Brasil)
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21. Sambódromo
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21/31 (Cidade Olímpica/Divulgação)
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22. Marina da Glória
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22/31 (Divulgação/ Rio 2016/ Alex Ferro)
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23. Estádio João Havelange
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23/31 (Michael Regan/Getty Images)
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24. Estádio de Copacabana
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24/31 (Wikimedia Commons)
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25. Forte de Copacabana
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25/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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26. Parque do Flamengo
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26/31 (Wikicommons/ Alicia Nijdam)
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27. Maracanã
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27/31 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
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28. Ginásio do Maracanãzinho
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28/31 (Divulgação/ Rio 2016)
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29. Lagoa Rodrigo de Freitas
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29/31 (Reprodução)
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30. Parque Aquático Julio Delamare
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30/31 (Tânia Rêgo / Agência Brasil)
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31. Veja os grandes números da preparação para os Jogos
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31/31 (Rio 2016/Alex Ferro)