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Sócios da boate Kiss já têm ficha na polícia

Acusados de agressão e estelionato, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann já têm ficha na polícia gaúcha, segundo jornal O Globo


	Mauro Hoffman (esquerda), dono da boate Kiss, ao se entregar para a polícia de Santa Maria: acusado de estelionato
 (Agência Brasil)

Mauro Hoffman (esquerda), dono da boate Kiss, ao se entregar para a polícia de Santa Maria: acusado de estelionato (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Presos por suposta responsabilidade no incêndio da boate Kiss, que matou 231 pessoas na madrugada de sábado para domingo em Santa Maria (RS), os empresários Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann já têm ficha criminal. As informações são do jornal O Globo, que ouviu relatos de clientes da casa noturna e encontrou as informações em arquivos da polícia.

Spohr é acusado de agredir clientes da própria Kiss em duas ocasiões e de se envolver em um acidente de trânsito com lesão culposa (sem intenção).

Já Hoffmann é acusado de estelionato. A polícia não forneceu mais detalhes, segundo O Globo.

Os donos da Kiss estão sob custódia da polícia - Spohr ainda se encontra no hospital em Cruz Alta, internado por conta da inalação de fumaça. Outras duas pessoas, membros da banda que tocava na noite e que usaram sinalizadores para efeitos pirotécnicos durante o show, também estão presos temporariamente.

A tragédia

O incêndio começou na madrugada de sábado para domingo, por volta das 2h30, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

Segundo relatos, o fogo teria sido causado por um sinalizador, conhecido como “sputnik”, usado pela banda, que usava efeitos pirotécnicos em seus shows. A faísca teria atingido o teto, cujo material acústico é altamente inflamável, e se espalhado pela casa em poucos minutos.

A banda nega que o sinalizador seja a causa do incêndio e defende que houve um curto-circuito nos fios do teto. Tanto o sinalizador quanto a rede elétrica da casa noturna estão sendo avaliados pela perícia.

Foram confirmadas mais de 230 mortes, além de dezenas de feridos. A maioria das mortes foi por asfixiamento da fumaça tóxica e os sobreviventes ainda correm riscos de desenvolver quadro de pneumonia química.

A tragédia foi potencializada pela estrutura da boate: com espaço para mais de mil pessoas, ela possuía apenas uma saída mal sinalizada. Muitos jovens foram para os banheiros em busca de janelas que estavam lacradas pela decoração da fachada e acabaram morrendo. Outros erraram o caminho para as saídas ou não conseguiram sair a tempo – muitos foram pisoteados em meio ao pânico.

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