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Sociedade quer rigor no combate ao crime, aponta pesquisa da CNI

Segundo o levantamento, 79% dos entrevistados defendem penas mais duras para reduzir a violência no país

A questão da pena de morte ainda divide opiniões: 46% mostram-se a favor e outros 46% são contrários (Shad Gross/stock.XCHNG)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 14h02.

Brasília – A sociedade brasileira quer maior rigor no combate ao crime . A avaliação consta no estudo Retrato da Sociedade Brasileira: Segurança Pública, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (19). A pesquisa revela que 79% dos entrevistados defendem penas mais duras para reduzir a violência no país.

A segurança pública e a questão das drogas foram apontadas como dois dos principais problemas do Brasil. Os itens perdem apenas para a saúde. De acordo com a pesquisa, 51% da população consideram a segurança pública no Brasil como ruim ou péssima. Para 37% a situação da segurança no país piorou nos últimos três anos e para 47% se manteve inalterada. Apenas 15% dos entrevistados perceberam alguma melhoria.

A pesquisa aponta ainda que a impunidade é uma das principais razões para o aumento da criminalidade. Por isso, 83% da população brasileira apoia uma política de tolerância zero e penas mais duras, como a prisão perpétua (69% são favoráveis). A questão da pena de morte ainda divide opiniões: 46% mostram-se a favor (31% totalmente e 15% parcialmente) e outros 46% são contrários.

Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, embora os entrevistados queiram punições mais duras contra o crime, eles também acreditam que a adoção de penas alternativas e o monitoramento eletrônico de presos são medidas eficazes para a redução da violência.

“Há essa vontade de aumentar o rigor, mas com alguns limites. O limite é que a sociedade está divida, ou seja, não há maioria a favor ou contra a questão da pena de morte. Nesse caso, mostra uma sociedade que está sofrendo com a violência, mas não é violenta”, disse o gerente-executivo da CNI.

Os crimes praticados por menores também são uma preocupação para os brasileiros. De acordo com Fonseca, a questão da maioridade penal é um debate antigo e que continua em pauta. Os dados da pesquisa mostram que 75% dos entrevistaos são totalmente a favor da redução da maioridade penal para 16 anos. Além disso, 91% concordam que menores envolvidos em crimes violentos devem ser julgados como adultos. “A população está preocupada com o volume de crimes praticados por menores. A sociedade não quer mais ser tolerante com os menores.”

O estudo também revelou que a maioria da população (57%) não acredita na redução da criminalidade pela legalização da maconha. No entanto, 65% dos entrevistados concordam com a proibição de venda de bebidas alcoólicas após a meia noite para reduzir os índices de violência. Além disso, 67% dos brasileiros é a favor da unificação das polícias civil e militar e 53% são favoráveis à privatização dos presídios.

A pesquisa da CNI foi feita em parceria com o Ibope e ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 28 e 31 de julho. Para Fonseca, os dados do estudo precisam ser analisados e o debate deve continuar na sociedade. “Precisamos ter mudanças nas políticas para combater a violência”, opina.

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Brasília – A sociedade brasileira quer maior rigor no combate ao crime . A avaliação consta no estudo Retrato da Sociedade Brasileira: Segurança Pública, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (19). A pesquisa revela que 79% dos entrevistados defendem penas mais duras para reduzir a violência no país.

A segurança pública e a questão das drogas foram apontadas como dois dos principais problemas do Brasil. Os itens perdem apenas para a saúde. De acordo com a pesquisa, 51% da população consideram a segurança pública no Brasil como ruim ou péssima. Para 37% a situação da segurança no país piorou nos últimos três anos e para 47% se manteve inalterada. Apenas 15% dos entrevistados perceberam alguma melhoria.

A pesquisa aponta ainda que a impunidade é uma das principais razões para o aumento da criminalidade. Por isso, 83% da população brasileira apoia uma política de tolerância zero e penas mais duras, como a prisão perpétua (69% são favoráveis). A questão da pena de morte ainda divide opiniões: 46% mostram-se a favor (31% totalmente e 15% parcialmente) e outros 46% são contrários.

Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, embora os entrevistados queiram punições mais duras contra o crime, eles também acreditam que a adoção de penas alternativas e o monitoramento eletrônico de presos são medidas eficazes para a redução da violência.

“Há essa vontade de aumentar o rigor, mas com alguns limites. O limite é que a sociedade está divida, ou seja, não há maioria a favor ou contra a questão da pena de morte. Nesse caso, mostra uma sociedade que está sofrendo com a violência, mas não é violenta”, disse o gerente-executivo da CNI.

Os crimes praticados por menores também são uma preocupação para os brasileiros. De acordo com Fonseca, a questão da maioridade penal é um debate antigo e que continua em pauta. Os dados da pesquisa mostram que 75% dos entrevistaos são totalmente a favor da redução da maioridade penal para 16 anos. Além disso, 91% concordam que menores envolvidos em crimes violentos devem ser julgados como adultos. “A população está preocupada com o volume de crimes praticados por menores. A sociedade não quer mais ser tolerante com os menores.”

O estudo também revelou que a maioria da população (57%) não acredita na redução da criminalidade pela legalização da maconha. No entanto, 65% dos entrevistados concordam com a proibição de venda de bebidas alcoólicas após a meia noite para reduzir os índices de violência. Além disso, 67% dos brasileiros é a favor da unificação das polícias civil e militar e 53% são favoráveis à privatização dos presídios.

A pesquisa da CNI foi feita em parceria com o Ibope e ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 28 e 31 de julho. Para Fonseca, os dados do estudo precisam ser analisados e o debate deve continuar na sociedade. “Precisamos ter mudanças nas políticas para combater a violência”, opina.

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