Carros incendiados em ataque em Santa Catarina: dois homens atearam fogo em um veículo que ficou totalmente queimado (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 11h02.
Brasília – Com mais dois ataques registrados pela Polícia Militar (PM) na madrugada de hoje (15), em Santa Catarina, subiu para 100 o número de ocorrências associadas à onda de violência que ocorre no estado desde o dia 30 de janeiro.
Segundo o último boletim da PM, em Laguna, no litoral sul catarinense, dois homens atiraram um artefato inflamável, contendo gasolina, contra um caminhão de guincho, que não chegou a pegar fogo. Nenhum suspeito foi detido. A outra ocorrência foi registrada no município de Içara, no sul do estado. Dois homens atearam fogo em um veículo que ficou totalmente queimado. A dupla rendeu o motorista que aguardava a mulher no interior do carro, obrigando-o a sair do automóvel. Ele foi levado a um hospital da região em estado de choque por homens do Corpo de Bombeiros. Os responsáveis pelo incêndio não foram localizados.
Para ajudar a conter os ataques, a Força Nacional de Segurança Pública deve ser enviada ao estado, conforme informações da assessoria de imprensa do governo catarinense. As autoridades ligadas à área de segurança pública, no entanto, têm mantido sigilo sobre os detalhes das ações para dar fim à onda de atentados.
Em reunião com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, colocou à disposição do estado as tropas federais, além da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal.
Na quarta-feira (13), eles se reuniram e Florianópolis para discutir a transferência de presos de facções criminosas que atuam dentro do sistema prisional para unidades do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). As autoridades alegam que, “por medida de segurança”, não serão reveladas possíveis datas para a ação nem os locais para onde os presos serão levados.
Segundo o ministério, as informações dos acertos entre o governo estadual e a pasta não estão sendo divulgadas para não comprometer o objetivo das ações destinadas a onda de violência.