Sob pressão, Dilma negociará alianças com PMDB
Segundo fontes, presidente deve negociar ainda alianças com o partido no Ceará, na Paraíba e no Rio de Janeiro
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 15h28.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff dará seguimento nos próximos dias às negociações com o PMDB para definir os palanques estaduais e depois de conversar sobre palanques no Pará e no Amazonas deve negociar alianças no Ceará, na Paraíba e no Rio de Janeiro, disse à Reuters uma fonte do governo.
Dilma vem sendo pressionada pelos peemedebistas que estão aflitos para terem seu aval nas conversas que definirão a aliança com o PT nos Estados e até semana passada ela ainda resistia a negociar nesse ano.
Em reunião com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente licenciado do PMDB, na segunda-feira, Dilma aceitou se reunir com dirigentes peemedebistas do Ceará, da Paraíba e do Rio de Janeiro, segundo a fonte que falou sob condição de anonimato.
Nos três Estados, o PMDB pretende ter candidato a governador e cobra de Dilma um posicionamento para levar adiante as alianças locais. As conversas não têm por objetivo, segundo a fonte, fazer nenhum dos postulantes peemedebistas desistir de candidaturas.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a negociação é mais difícil porque o PT tem reafirmado que o senador Lindbergh Farias será candidato, o que contraria os interesses do governador Sergio Cabral, que cogita inclusive deixar o governo na virada do ano para que seu vice, Luiz Fernando Pezão assuma o cargo ficando mais visível para se candidatar ao governo estadual.
Cabral tem sofrido com protestos populares desde junho e tem baixíssima popularidade entre os eleitores.
Dilma vinha resistindo a essa pressão do PMDB e um de seus auxiliares afirmou à Reuters na semana passada que ela não entraria em "bola dividida" entre PT e PMDB e adiaria ao máximo as negociações que não precisassem ser concretizadas neste ano.
Até agora, a presidente tinha conversado com o líder do PMDB no Senado, Eduardo Braga (AM), sobre a situação no Amazonas e com o senador Jader Barbalho (PA) sobre o cenário eleitoral paraense. Nos dois lugares, a aliança com o PT é menos problemática.
Na segunda, porém, depois de se reunir com Temer, Dilma decidiu agir para diminuir a pressão interna no PMDB. Alguns peemedebistas já cogitam inclusive antecipar a convenção nacional do partido para março do ano que vem. Normalmente, a convenção, que define a aliança nacional, ocorre em junho O objetivo da antecipação é pressionar o PT e Dilma a se posicionarem logo sobre as disputas estaduais. O grupo que defende a antecipação da convenção nacional do PMDB para março ainda não tem maioria na comissão executiva do partido para mudar a data da convenção.
Mas, dependendo do ritmo e dos resultados das negociações com o PT pelos palanques estaduais, essa parte da cúpula partidária pode conseguir a convocação antecipada da convenção.
A movimentação de Dilma tem por objetivo justamente acalmar os ânimos dos peemedebistas, afirmou a fonte. Não estão definidas as datas e os formatos dos encontros ainda. Mas devem ser convidados pela presidente os senadores Eunício Oliveira (CE), líder do partido no Senado, o senador Vital do Rêgo (PB), e o governador Sérgio Cabral.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff dará seguimento nos próximos dias às negociações com o PMDB para definir os palanques estaduais e depois de conversar sobre palanques no Pará e no Amazonas deve negociar alianças no Ceará, na Paraíba e no Rio de Janeiro, disse à Reuters uma fonte do governo.
Dilma vem sendo pressionada pelos peemedebistas que estão aflitos para terem seu aval nas conversas que definirão a aliança com o PT nos Estados e até semana passada ela ainda resistia a negociar nesse ano.
Em reunião com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente licenciado do PMDB, na segunda-feira, Dilma aceitou se reunir com dirigentes peemedebistas do Ceará, da Paraíba e do Rio de Janeiro, segundo a fonte que falou sob condição de anonimato.
Nos três Estados, o PMDB pretende ter candidato a governador e cobra de Dilma um posicionamento para levar adiante as alianças locais. As conversas não têm por objetivo, segundo a fonte, fazer nenhum dos postulantes peemedebistas desistir de candidaturas.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a negociação é mais difícil porque o PT tem reafirmado que o senador Lindbergh Farias será candidato, o que contraria os interesses do governador Sergio Cabral, que cogita inclusive deixar o governo na virada do ano para que seu vice, Luiz Fernando Pezão assuma o cargo ficando mais visível para se candidatar ao governo estadual.
Cabral tem sofrido com protestos populares desde junho e tem baixíssima popularidade entre os eleitores.
Dilma vinha resistindo a essa pressão do PMDB e um de seus auxiliares afirmou à Reuters na semana passada que ela não entraria em "bola dividida" entre PT e PMDB e adiaria ao máximo as negociações que não precisassem ser concretizadas neste ano.
Até agora, a presidente tinha conversado com o líder do PMDB no Senado, Eduardo Braga (AM), sobre a situação no Amazonas e com o senador Jader Barbalho (PA) sobre o cenário eleitoral paraense. Nos dois lugares, a aliança com o PT é menos problemática.
Na segunda, porém, depois de se reunir com Temer, Dilma decidiu agir para diminuir a pressão interna no PMDB. Alguns peemedebistas já cogitam inclusive antecipar a convenção nacional do partido para março do ano que vem. Normalmente, a convenção, que define a aliança nacional, ocorre em junho O objetivo da antecipação é pressionar o PT e Dilma a se posicionarem logo sobre as disputas estaduais. O grupo que defende a antecipação da convenção nacional do PMDB para março ainda não tem maioria na comissão executiva do partido para mudar a data da convenção.
Mas, dependendo do ritmo e dos resultados das negociações com o PT pelos palanques estaduais, essa parte da cúpula partidária pode conseguir a convocação antecipada da convenção.
A movimentação de Dilma tem por objetivo justamente acalmar os ânimos dos peemedebistas, afirmou a fonte. Não estão definidas as datas e os formatos dos encontros ainda. Mas devem ser convidados pela presidente os senadores Eunício Oliveira (CE), líder do partido no Senado, o senador Vital do Rêgo (PB), e o governador Sérgio Cabral.