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Skaf admite ter pedido dinheiro para Marcelo Odebrecht em 2014

Presidente da Fiesp disse também que seu candidato para as eleições de 2018 é o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles

Skaf: presidente da Fiesp afirmou que apesar da má avaliação, o presidente Michel Temer fez reformas importantes (Valter Campanato/Agência Brasil)

Skaf: presidente da Fiesp afirmou que apesar da má avaliação, o presidente Michel Temer fez reformas importantes (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2018 às 14h46.

Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 15h00.

São Paulo - O presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf, pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo, disse nesta sexta-feira, 8, que seu candidato para as eleições de 2018 é o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, tentando afastar a possibilidade de apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSL).

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou na quinta-feira, 7, que eles iniciaram uma aproximação em São Paulo. Skaf afirmou, ainda, que apesar da má avaliação, o presidente Michel Temer fez reformas importantes e necessárias para o País, e negou ter sido beneficiado por recursos indevidos da Odebrecht. "Meirelles está se apresentando como o candidato para retomar o crescimento no País".

Skaf, no entanto, ressaltou ter respeito aos outros candidatos, como Jair Bolsonaro (PSL).

Questionado sobre o depoimento prestado à Polícia Federal em março sobre um jantar em Brasília em que Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco teriam pedido repasses de R$ 10 milhões para campanhas eleitorais do MDB em 2014, Skaf negou. "Nunca soube desse jantar. Não fui convidado, descobri pela imprensa", afirmou.

A declaração foi dada em sabatina do UOL, Folha de S. Paulo e SBT. "Todas as minhas contas foram aprovadas pelo TRE, sem ressalvas. O meu caso não tem nada a ver com esse jantar", disse.

Marcelo Odebrecht

Skaf afirmou que chegou a pedir repasses para Marcelo Odebrecht, mas também para outros doadores. Segundo ele, foram mais de 500. "A Odebrecht fez doação de 200 mil reais por uma empresa do grupo e eu recebi. Tudo isso está declarado oficialmente", reforçou.

Sobre a atual campanha, o empresário disse que não pretende usar recursos próprios.

Perguntado sobre a possibilidade de abandonar a disputa pelo governo estadual, descartou as possibilidades de ser candidato para outro cargo em 2018.

Questionado sobre o aumento no teto de gastos para funcionários públicos em São Paulo, que deve ter impacto de R$ 1 bilhão em quatro anos, se disse contrário. "Se tiver folga financeira, tem que pagar melhor professor, policial, e não aumentar o teto", afirmou.

Paulo Skaf tenta pela terceira vez ser governador de São Paulo. Em 2010, foi vencido por Geraldo Alckmin (PSDB) e nem chegou ao segundo turno. Já em 2014 ficou em segundo lugar, quando Alckmin venceu novamente.

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