Greve geral, dia 28: apesar da greve geral, na mensagem deste 1º de Maio, Michel Temer voltou a defender a reforma trabalhista (Paulo Whitaker/Reuters)
AFP
Publicado em 2 de maio de 2017 às 10h14.
Última atualização em 2 de maio de 2017 às 15h26.
Os sindicatos voltaram a protestar nesta segunda-feira, dia do Trabalhador, contra as medidas de austeridade do governo de Michel Temer em várias cidades do país durante a celebração do Dia Internacional do Trabalho e anunciaram que convocarão novas mobilizações após a greve geral de sexta-feira.
Os atos que reuniram mais manifestantes aconteceram em São Paulo, onde as principais centrais sindicais celebraram atos independentes, mas com a principal reivindicação em comum: a rejeição aos projetos de reformas da previdência e trabalhista, que também foram o foco da greve geral na última sexta-feira.
A greve geral, que contou com a adesão de cerca de 35 milhões de brasileiros, de acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, deve ser a primeira de uma série de atividades nacionais contra as reformas promovidas pelo governo Temer.
Na quarta-feira "haverá uma reunião para que as centrais sindicais fecham, em conjunto, um calendário de mobilizações contra as propostas indecorosas do governo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira Da Silva, deputado da base aliada de Temer, mas que é contra as reformas.
Apesar da greve geral, na mensagem deste 1º de Maio, Michel Temer voltou a defender a reforma trabalhista.
"Além de mais empregos, o resultado será mais harmonia nas relações de trabalho e, portanto, menos ações na Justiça", afirmou Temer em seu discurso difundido nas redes sociais.