Sindicato acusa Metrô de operar com funcionários sem treinamento
A assessoria de imprensa do Metrô negou a denúncia e informou que os trens estão sendo operados por supervisores plenamente capacitados
Valéria Bretas
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 10h48.
Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 18h20.
São Paulo – Nesta quinta-feira (18), os metroviários de São Paulo estão em greve contra o leilão de concessão das linhas 5-lilás e 17-ouro e o aumento da passagem.
Com exceção da Linha 4 Amarela, que é administrada pela iniciativa privada, os usuários encontraram dificuldades para embarcar nas demais linhas do Metrô de São Paulo , que operam parcialmente na manhã de hoje.
Em entrevista a EXAME, o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Raimundo Cordeiro, acusou a direção do Metrô de colocar funcionários sem treinamento adequado para operar nesses trechos.
“Em média, o treinamento de um funcionário leva de quatro meses a um ano. No entanto, em dias de greve, o Metrô coloca ex-operadores que não atuam há anos no sistema dos trens”, diz em entrevista a EXAME. “O usuário está correndo risco de acidente”.
De acordo com Cordeiro, o erro simples de um operador não preparado pode gerar a colisão entre os trens e causar o descarrilamento dos veículos.
A assessoria de imprensa do Metrô negou a denúncia e informou que os trens estão sendo operados por supervisores “plenamente capacitados para conduzir os trechos”.
Veja a íntegra da nota enviada a EXAME.
"É mentirosa a informação que os funcionários que atuam no Plano de Contingência não possuem treinamento para operar os trens.
Não há risco para os funcionários e nem para os passageiros. Os trens estão sendo operados pelos supervisores e instrutores que são plenamente capacitados para conduzir e operar trechos de Metrô. São profissionais que passam por várias horas de treinamento e cursos de reciclagem, sendo que a maior parte deles está há anos na Companhia.
Esta afirmação do Sindicato induz os usuários a verem estes profissionais como incapazes ou incompetentes, o que é, no mínimo, uma grande injustiça com colegas que se dedicam ao trabalho com zelo e profissionalismo".