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Silas Malafaia é indiciado pela PF na Operação Timóteo

O líder religioso pode ter "emprestado" contas correntes de uma instituição religiosa com a intenção de ocultar a origem ilícita de valores de dinheiro

Malafaia: plano de abrir 1.000 igrejas pelo Brasil na próxima década; nesse fim de semana, ele estreou em São Paulo (./Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 10h53.

Última atualização em 30 de dezembro de 2018 às 16h39.

São Paulo - O pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de dinheiro.

Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva - quando o investigado é levado a depor e liberado.

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A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM - tem como destino os municípios).

Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado.

A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter "emprestado" contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.

O mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo provocou a ira do pastor Silas Malafaia. No dia da condução coercitiva, em seu Twitter, colérico, o pastor publicou mensagens, áudio e vídeo negando as suspeitas da investigação.

"Eu sei o poder das trevas", afirmou em áudio.

O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição".

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