Sete Brasil não se envolveu em corrupção, diz presidente
"Pessoas da Sete Brasil que ocupavam posições de diretoria se envolveram, mas não a Sete Brasil", afirmou o presidente da companhia
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2015 às 13h59.
Brasília - O presidente da Sete Brasil , Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, disse nesta quarta-feira, 07, à CPI da Petrobras que a companhia foi "vítima" da corrupção e não teve envolvimento direto com o caso apurado na Operação Lava Jato.
"Na minha opinião, a Sete Brasil não teve envolvimento nessa corrupção. Pessoas da Sete Brasil que ocupavam posições de diretoria se envolveram, mas não a Sete Brasil (...). Entendo que a Sete Brasil é vítima de todo esse processo. Ela não participou desse processo", enfatizou.
Para ele, o ex-diretor de Operações da Sete Brasil, Pedro Barusco, e o ex-presidente da companhia, João Carlos Ferraz, não foram "bons" executivos em suas funções. Barusco renunciou ao cargo por motivos de doença e Ferraz não foi reconduzido ao mandato.
Carneiro anunciou que a Sete Brasil deve voltar a operar plenamente a partir do plano de reestruturação financeira, o que deve acontecer no segundo semestre.
"A situação da Sete (hoje) é que ela não tem condições de pagar os estaleiros até a reestruturação financeira", declarou.
O executivo contou que os acionistas da Sete Brasil deixaram de aportar recursos desde as investigações da Operação Lava Jato. "Isso gerou um clima de preocupação e incerteza, até que se entendesse melhor a extensão (da Lava Jato) dentro da Sete", explicou.
Na sua opinião, não se pode dizer que os acionistas - entre eles os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco - perderam dinheiro, porque o projeto ainda está em implantação.
"Este é um momento transitório de falta de recursos e acredito que vamos superar o problema", afirmou.
Ao voltar a falar sobre a auditoria feita na Sete Brasil, Carneiro contou que até e-mails e celulares dos funcionários da companhia foram copiados e que nada foi encontrado de irregular pelos auditores.
"Em todas as auditorias que fizemos, nada pegamos de errado nos contratos, nada pegamos de errado em todos os e-mails das pessoas que hoje estão na Sete Brasil", pontuou.
Mencionando os depoimentos divulgados dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras, o executivo disse que os acertos teriam sido feitos fora da empresa, e não internamente.
Pressão
Carneiro já depõe há mais de duas horas aos parlamentares e vem sendo questionado sobre sua participação em outras empresas.
Apesar de depor na condição de testemunha, e não de investigado, os deputados mantêm a estratégia de pressão, na expectativa de apontar contradições em sua fala. Carneiro vem insistindo que só está na companhia há um ano.
Em tom de ironia, o sub-relator André Moura (PSC-SE) questionou a competência profissional do executivo quando ele revelou que trabalhou na OGX, cujas ações valeriam hoje centavos de reais.
"Meu trabalho foi feito com muita competência e não tenho do que me envergonhar desse período", respondeu o executivo, constrangido.
Brasília - O presidente da Sete Brasil , Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, disse nesta quarta-feira, 07, à CPI da Petrobras que a companhia foi "vítima" da corrupção e não teve envolvimento direto com o caso apurado na Operação Lava Jato.
"Na minha opinião, a Sete Brasil não teve envolvimento nessa corrupção. Pessoas da Sete Brasil que ocupavam posições de diretoria se envolveram, mas não a Sete Brasil (...). Entendo que a Sete Brasil é vítima de todo esse processo. Ela não participou desse processo", enfatizou.
Para ele, o ex-diretor de Operações da Sete Brasil, Pedro Barusco, e o ex-presidente da companhia, João Carlos Ferraz, não foram "bons" executivos em suas funções. Barusco renunciou ao cargo por motivos de doença e Ferraz não foi reconduzido ao mandato.
Carneiro anunciou que a Sete Brasil deve voltar a operar plenamente a partir do plano de reestruturação financeira, o que deve acontecer no segundo semestre.
"A situação da Sete (hoje) é que ela não tem condições de pagar os estaleiros até a reestruturação financeira", declarou.
O executivo contou que os acionistas da Sete Brasil deixaram de aportar recursos desde as investigações da Operação Lava Jato. "Isso gerou um clima de preocupação e incerteza, até que se entendesse melhor a extensão (da Lava Jato) dentro da Sete", explicou.
Na sua opinião, não se pode dizer que os acionistas - entre eles os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco - perderam dinheiro, porque o projeto ainda está em implantação.
"Este é um momento transitório de falta de recursos e acredito que vamos superar o problema", afirmou.
Ao voltar a falar sobre a auditoria feita na Sete Brasil, Carneiro contou que até e-mails e celulares dos funcionários da companhia foram copiados e que nada foi encontrado de irregular pelos auditores.
"Em todas as auditorias que fizemos, nada pegamos de errado nos contratos, nada pegamos de errado em todos os e-mails das pessoas que hoje estão na Sete Brasil", pontuou.
Mencionando os depoimentos divulgados dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras, o executivo disse que os acertos teriam sido feitos fora da empresa, e não internamente.
Pressão
Carneiro já depõe há mais de duas horas aos parlamentares e vem sendo questionado sobre sua participação em outras empresas.
Apesar de depor na condição de testemunha, e não de investigado, os deputados mantêm a estratégia de pressão, na expectativa de apontar contradições em sua fala. Carneiro vem insistindo que só está na companhia há um ano.
Em tom de ironia, o sub-relator André Moura (PSC-SE) questionou a competência profissional do executivo quando ele revelou que trabalhou na OGX, cujas ações valeriam hoje centavos de reais.
"Meu trabalho foi feito com muita competência e não tenho do que me envergonhar desse período", respondeu o executivo, constrangido.