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Servidores protestam contra atrasos de salário no Rio

Os servidores relatam dificuldades para pagar contas durante todo o ano, por causa dos sucessivos atrasos de salário

Rio de Janeiro: os servidores chegaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, distribuindo pão francês e água na chamada "Ceia da Miséria" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro: os servidores chegaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, distribuindo pão francês e água na chamada "Ceia da Miséria" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 13h59.

Rio - Servidores do Estado do Rio chegaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, distribuindo pão francês e água na chamada "Ceia da Miséria", ato de repúdio ao atraso no pagamento de salários pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Eles fecharam as duas pistas da rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio, no bairro de Laranjeiras, na zona sul da cidade, após caminhar por algumas quadras, desde o Largo do Machado, onde a concentração começou às 10h.

Ônibus deixam a via de marcha ré e já há engarrafamento na região no início da tarde desta sexta-feira, 23. A Polícia Militar, que acompanha o protesto, não estimou o número de participantes, tão pouco os organizadores.

Participam do protesto servidores das áreas de educação, saúde, Justiça, segurança, entre outras. Eles relatam dificuldades para pagar contas durante todo o ano, por causa dos sucessivos atrasos de salário.

O movimento unificado dos Servidores do Estado (Muspe) informou que já distribuiu mais de 800 cestas básicas, especialmente para pensionistas do Estado, que estão em último lugar na lista de escalonamento do pagamento.

O anúncio feito nesta quinta-feira, 22, pelo governo de que os salários de novembro só serão pagos em janeiro de 2017 aumentou ainda mais a revolta do funcionalismo.

"O Rio está triste neste Natal. Se vão pagar novembro em janeiro, quando pagarão o salário de dezembro? E o décimo terceiro? Fui privilegiado por ser da Justiça, mas, ainda assim, o Natal será sombrio", disse Ramon Carrera, diretor do Muspe.

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