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Servidores da USP entram em greve na próxima semana

O motivo é o congelamento dos salários neste ano decidido pelos reitores das três estaduais, USP, Unesp e Unicamp

Praça do relógio na USP: paralisação começa na próxima terça-feira, 27 (Marcos Santos/Divulgação/USP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 16h19.

São Paulo - O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) decidiram na tarde desta quarta-feira, dia 21, em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado.

A paralisação começa na próxima terça-feira, 27. O motivo é o congelamento dos salários neste ano decidido pelos reitores das três estaduais, USP, Unesp e Unicamp, como o jornal O Estado de S. Paulo revelou no dia 13.

O sindicato espera iniciar a paralisação junto com professores e alunos, que realizam nesta tarde assembleias para decidir sobre o movimento.

A Associação dos docentes (Adusp) já indicou que deve entrar em greve. Os estudantes também devem apoiar o movimento.

A decisão de greve dos trabalhadores da USP foi votada nesta quarta em reunião com cerca de dois mil trabalhadores no prédio da Faculdade de História, na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo.

"Essa foi a maior assembleia em muitos anos", disse o diretor do Sintusp, Magno de Carvalho.

"Não teve nenhum voto contra a greve. A Universidade não pode rebaixar salários, porque, com essa inflação, não dar reajuste significa queda salarial."

"A postura do Cruesp foi intransigente", criticou o presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Ciro Correia.

"O arrocho salarial não é resposta para a crise nas universidades, mas piora sua capacidade de trabalho", acrescentou. Professores e funcionários ainda farão assembleias setoriais e gerais nesta quarta-feira em câmpus das três instituições para discutir a possibilidade de greve.

A USP vive uma crise financeira e gasta mais de 100% de seu orçamento com pagamento de salários.

Antes de anunciar, em conjunto com Unesp e Unicamp, o congelamento de salários, a USP já havia cortado 30% de todos os gastos de custeio e investimento.

Os níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento estão em 95,42% na Unesp e 97,33% na Unicamp.

Outras estaduais

Os servidores das três universidades estão em paralisação nesta quarta-feira, 21.

Já há um indicativo de greve em 15 unidades das 34 câmpus da Unesp, sendo que duas estão em greve - Instituto de Artes de São Paulo e Sorocaba.

De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, trabalhadores de 13 dos 34 câmpus fizeram paralisação parcial nesta quarta. A Unicamp deve definir ainda nesta quarta se para as atividades.

Na próxima terça-feira, 27, os servidores da Unesp também planejam fazer um protesto em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital, contra o congelamento de salários.

Na mesma data, uma comissão da Casa discutirá a crise nas universidades estaduais.

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São Paulo - O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) decidiram na tarde desta quarta-feira, dia 21, em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado.

A paralisação começa na próxima terça-feira, 27. O motivo é o congelamento dos salários neste ano decidido pelos reitores das três estaduais, USP, Unesp e Unicamp, como o jornal O Estado de S. Paulo revelou no dia 13.

O sindicato espera iniciar a paralisação junto com professores e alunos, que realizam nesta tarde assembleias para decidir sobre o movimento.

A Associação dos docentes (Adusp) já indicou que deve entrar em greve. Os estudantes também devem apoiar o movimento.

A decisão de greve dos trabalhadores da USP foi votada nesta quarta em reunião com cerca de dois mil trabalhadores no prédio da Faculdade de História, na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo.

"Essa foi a maior assembleia em muitos anos", disse o diretor do Sintusp, Magno de Carvalho.

"Não teve nenhum voto contra a greve. A Universidade não pode rebaixar salários, porque, com essa inflação, não dar reajuste significa queda salarial."

"A postura do Cruesp foi intransigente", criticou o presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Ciro Correia.

"O arrocho salarial não é resposta para a crise nas universidades, mas piora sua capacidade de trabalho", acrescentou. Professores e funcionários ainda farão assembleias setoriais e gerais nesta quarta-feira em câmpus das três instituições para discutir a possibilidade de greve.

A USP vive uma crise financeira e gasta mais de 100% de seu orçamento com pagamento de salários.

Antes de anunciar, em conjunto com Unesp e Unicamp, o congelamento de salários, a USP já havia cortado 30% de todos os gastos de custeio e investimento.

Os níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento estão em 95,42% na Unesp e 97,33% na Unicamp.

Outras estaduais

Os servidores das três universidades estão em paralisação nesta quarta-feira, 21.

Já há um indicativo de greve em 15 unidades das 34 câmpus da Unesp, sendo que duas estão em greve - Instituto de Artes de São Paulo e Sorocaba.

De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, trabalhadores de 13 dos 34 câmpus fizeram paralisação parcial nesta quarta. A Unicamp deve definir ainda nesta quarta se para as atividades.

Na próxima terça-feira, 27, os servidores da Unesp também planejam fazer um protesto em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital, contra o congelamento de salários.

Na mesma data, uma comissão da Casa discutirá a crise nas universidades estaduais.

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