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Serra defende Aécio no episódio do aeroporto

Ex-governador defendeu o postulante tucano à presidência da acusação de favorecimento por ter construído um aeroporto na fazenda de um parente


	José Serra (PSDB-SP) durante discurso: tucano será candidato para o Senado
 (Marcello Casal/Agência Brasil)

José Serra (PSDB-SP) durante discurso: tucano será candidato para o Senado (Marcello Casal/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 22h00.

Rio - O candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, José Serra, defendeu na noite desta terça-feira o postulante tucano à presidência, Aécio Neves, da acusação de favorecimento por ter construído, quando era governador de Minas Gerais, um aeroporto dentro da fazenda de um parente, no município mineiro de Cláudio.

"Um programa de construção de aeroportos no interior de repente bate na família. Não quer dizer que houve favorecimento. Eu não tenho parentes no interior. Se tivesse, poderia ter acontecido", afirmou Serra.

Ele afirmou que fará campanha por Aécio em São Paulo junto com sua campanha para senador, e declarou que ainda não é possível avaliar como será a disputa desta ano.

"A gente só vai poder avaliar depois que começar o horário eleitoral. Agora é só aquecimento".

Serra declarou não ser "nenhuma surpresa" a previsão de nova queda no PIB brasileiro neste ano. "A economia brasileira está em processo de estagflação (estagnação mais inflação) há muito tempo, como previ que aconteceria após 2010. Preferia ter errado a previsão", afirmou.

O tucano destacou que o PIB é apenas um número, que se expressa em variáveis: emprego desacelerando, inflação alta, rendimentos que não crescem e vendas no varejo estagnadas.

O candidato ao Senado concedeu entrevista durante o lançamento de sua autobiografia, "50 anos Esta Noite", em um shopping da zona sul do Rio.

Aécio Neves não compareceu ao evento - segundo Serra, o candidato a presidente tinha um compromisso em São Paulo que inviabilizou sua ida ao Rio.

Antes de começar a autografar os livros, o candidato falou sobre a obra e comentou a sensação de, cinco décadas depois, ouvir duas gravações radiofônicas de sua voz, registradas na noite do golpe.

"É muito impressionante a gente se ver e se ouvir 50 anos depois", afirmou ele. "Não é bom envelhecer, porque (a juventude) era uma época em que tinha certezas".

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