Serra anuncia a aliados que está fora da disputa em SP
Anúncio feito pelo ex-candidato à presidência aos seus colaboradores ocorreu no domingo passado, na casa do ex-presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h10.
São Paulo - Depois de meses de pressão para que entrasse na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) reuniu o seu grupo de aliados mais próximos e informou oficialmente que não será candidato na eleição municipal deste ano.
O anúncio feito por Serra aos seus principais colaboradores ocorreu no domingo passado, na casa do ex-presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, e na presença do ex-governador Alberto Goldman, do senador Aloysio Nunes Ferreira e do deputado Jutahy Júnior. O grupo já trabalha num plano B para a eleição na capital.
Em razão da pressão dos seus aliados, que o queriam na disputa para trazer o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, o tucano resolveu chamar os interlocutores e dizer claramente que não concorrerá na eleição para prefeito e que está interessado nas questões nacionais. Serra também atendeu ao pedido do governador Geraldo Alckmin para se posicionasse antes das prévias do PSDB, marcadas para março.
Apesar de já ter dito publicamente que não entraria na corrida, o seu grupo ainda tinha a esperança de que ele pudesse rever sua posição e o pressionava publicamente para isso. A direção nacional do PSDB ainda planeja uma ofensiva para convencer Serra a disputar o cargo.
O Grupo Estado apurou que a decisão de Serra foi levada a Alckmin, que também contava com a possibilidade de ele reavaliar sua posição. O ex-governador é considerado o nome mais forte do PSDB na disputa, e a entrada dele no páreo libertaria Alckmin de ter que "carregar", segundo expressão usada por tucanos, outro candidato na campanha.
"Estou convicto de que ele não será candidato. Para mim, esse assunto está liquidado", afirmou Goldman. "Ele manifestou no encontro que, a partir de agora, se focará ainda mais nas questões nacionais porque o seu projeto é nacional", declarou outro participante da reunião.
De acordo com aliados, o ex-governador acha que, se entrar na disputa, passará a campanha dizendo que não renunciará para disputar outro cargo - ele renunciou à Prefeitura em 2006 para disputar o governo estadual e, depois, em 2010 para disputar a Presidência.
A candidatura a prefeito também vai contra seu projeto político: Serra pretende disputar a Presidência da República em 2014. Também disse a interlocutores que a alta rejeição apresentada nas últimas pesquisas de intenção de voto mostra que a população considera que ele não quer ser prefeito, o que aumentaria o risco de ele perder a eleição.
A decisão de Serra de não concorrer torna as prévias para escolher o candidato tucano, marcadas para março, praticamente incontornáveis. O grupo do ex-governador, no entanto, gostaria de prorrogar o prazo da disputa, o que Alckmin não aceita. Sem o ex-governador na disputa, seus aliados vão insistir nos bastidores para viabilizar o plano Afif: o apoio do PSDB à candidatura do vice-governador Guilherme Afif Domingos, ligado a Kassab, em troca da indicação do vice.
Essa saída, porém, conta a resistência dos aliados do governador - o próprio Alckmin já deu entrevistas descartando a possibilidade de o PSDB não ter um candidato na cabeça de chapa.
Ontem o governador afirmou que ainda trabalha para ter o PSD na aliança, mas, segundo interlocutores, a real preocupação de Alckmin é com o DEM, que tem tempo de TV e ameaça migrar para a campanha do PMDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Depois de meses de pressão para que entrasse na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) reuniu o seu grupo de aliados mais próximos e informou oficialmente que não será candidato na eleição municipal deste ano.
O anúncio feito por Serra aos seus principais colaboradores ocorreu no domingo passado, na casa do ex-presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, e na presença do ex-governador Alberto Goldman, do senador Aloysio Nunes Ferreira e do deputado Jutahy Júnior. O grupo já trabalha num plano B para a eleição na capital.
Em razão da pressão dos seus aliados, que o queriam na disputa para trazer o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, o tucano resolveu chamar os interlocutores e dizer claramente que não concorrerá na eleição para prefeito e que está interessado nas questões nacionais. Serra também atendeu ao pedido do governador Geraldo Alckmin para se posicionasse antes das prévias do PSDB, marcadas para março.
Apesar de já ter dito publicamente que não entraria na corrida, o seu grupo ainda tinha a esperança de que ele pudesse rever sua posição e o pressionava publicamente para isso. A direção nacional do PSDB ainda planeja uma ofensiva para convencer Serra a disputar o cargo.
O Grupo Estado apurou que a decisão de Serra foi levada a Alckmin, que também contava com a possibilidade de ele reavaliar sua posição. O ex-governador é considerado o nome mais forte do PSDB na disputa, e a entrada dele no páreo libertaria Alckmin de ter que "carregar", segundo expressão usada por tucanos, outro candidato na campanha.
"Estou convicto de que ele não será candidato. Para mim, esse assunto está liquidado", afirmou Goldman. "Ele manifestou no encontro que, a partir de agora, se focará ainda mais nas questões nacionais porque o seu projeto é nacional", declarou outro participante da reunião.
De acordo com aliados, o ex-governador acha que, se entrar na disputa, passará a campanha dizendo que não renunciará para disputar outro cargo - ele renunciou à Prefeitura em 2006 para disputar o governo estadual e, depois, em 2010 para disputar a Presidência.
A candidatura a prefeito também vai contra seu projeto político: Serra pretende disputar a Presidência da República em 2014. Também disse a interlocutores que a alta rejeição apresentada nas últimas pesquisas de intenção de voto mostra que a população considera que ele não quer ser prefeito, o que aumentaria o risco de ele perder a eleição.
A decisão de Serra de não concorrer torna as prévias para escolher o candidato tucano, marcadas para março, praticamente incontornáveis. O grupo do ex-governador, no entanto, gostaria de prorrogar o prazo da disputa, o que Alckmin não aceita. Sem o ex-governador na disputa, seus aliados vão insistir nos bastidores para viabilizar o plano Afif: o apoio do PSDB à candidatura do vice-governador Guilherme Afif Domingos, ligado a Kassab, em troca da indicação do vice.
Essa saída, porém, conta a resistência dos aliados do governador - o próprio Alckmin já deu entrevistas descartando a possibilidade de o PSDB não ter um candidato na cabeça de chapa.
Ontem o governador afirmou que ainda trabalha para ter o PSD na aliança, mas, segundo interlocutores, a real preocupação de Alckmin é com o DEM, que tem tempo de TV e ameaça migrar para a campanha do PMDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.